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Mentira e racismo

15 de abril de 2001

O Correio do Povo de Porto Alegre faz uma cobertura salafrária do Fórum da Liberdade e me recusa o direito de resposta.

Olavo de Carvalho

I

         Na sua edição de 11 de abril, o “Correio do Povo” de Porto Alegre, fingindo narrar coisas que se teriam passado no Forum da Liberdade, impingiu ao seu público leitor duas grossas mentiras.

         Primeira. É absolutamente falso que em resposta ao prof. Og Leme, o qual defendia a privatização do ensino, eu tivesse respondido que essa opinião rebaixava a educação “ao nível do adestramento de um animal”. Eu nunca disse isso, nunca pensei isso. Ao contrário: concordo com a proposta do dr. Leme e, ao comentá-la, nada disse sobre animais, mesmo porque não tinha reparado na presença do repórter do “Correio do Povo”.

         Segunda. O “Correio” diz que “Olavo de Carvalho gerou polêmica ao negar a existência de racismo no país. A afirmação foi rebatida, com dados do IBGE, pela jornalista Míriam Leitão.”  Mas o que se deu foi precisamente o contrário. Quem iniciou a polêmica foi a própria Míriam, que emitiu uma opinião e alegou fatos estatísticos para respaldá-la, sendo refutada por mim mediante a demonstração de que entre a opinião e os fatos não existia a menor conexão lógica. Diante disso, Miriam limitou-se a declarar que se mantinha firme na sua convicção – o que, certamente, era um direito dela mas não era de maneira alguma um argumento.

         O falseamento da narrativa se repete-se, quase “ipsis litteris”, na coluna de Denise Nunes, agravada pela insinuação pérfida que dá às declarações da mediadora Miriam Leitão o sentido de uma repreensão disciplinar destinada a refrear um debatedor abusado. Ora, como é que Míriam poderia ter-me “repreendido”, se sua intervenção veio antes e não depois da minha? Conforme a própria Míriam confirmou em entrevista à TV Globo, a repreendida foi ela — repreendida pelo público, que protestou contra o excesso de intervenções da mediadora nos debates.

         O repórter e a colunistas sincronizaram suas tesouras para operar uma drástica cirurgia nas minhas palavras, transmutando-as de “O Brasil não é um país racista” para “Não há racismo no país”, o que é coisa totalmente diversa. Para “existir racismo” num país basta que ali haja racistas, mesmo tímidos e indolentes, mesmo raros e esparsos, mesmo sem poder ou militância, mesmo refugiados no mais fundo do esquecimento e da marginalidade. Nesse sentido, não há um só país do mundo, nem mesmo o Brasil, que possa se dizer totalmente isento de racismo. Um país assim só existe na Terra do Nunca. Mas para um país “ser racista” é preciso que o racismo seja ali uma ideologia operante, ativa, inspiradora de movimentos, partidos e associações. Para um país “ser racista” é preciso que o racismo nele seja crença amplamente aceita por uma parcela significativa da opinião pública e fortemente inscrita nas leis, nos costumes, na cultura popular e erudita. Nada disso acontece no Brasil. (1) Por isso, diante do desafio que lancei a Miriam Leitão – que me apontasse partidos racistas, literatura racista, organizações racistas, militância racista, conflitos de rua entre grupos racistas, que me apontasse, enfim, no Brasil, qualquer coisa similar às manifestações que comprovam a existência do intenso racismo nos EUA, na França, na Inglaterra, na Alemanha ou em qualquer desses países arrogantes que hoje querem nos dar lições de “democracia racial” –, a mediadora nada pôde alegar, exceto que, a despeito de minhas objeções, reiterava sua opinião. Em resposta a isso, última palavra da controvérsia foi minha: “Todo ser humano tem o direito de recusar a verdade.”

         Mas, além de inverter, falsear, mentir, d. Denise ainda dá mostras de uma extraordinária leviandade na sua maneira de resumir meu argumento. O que eu disse, em resposta às estatísticas de inferioridade econômico-social dos negros, citadas por Míriam como provas do racismo brasileiro, foi que entre um dado econômico e sua interpretação causal a relação não é nunca direta e auto-evidente como ela procurava fazer crer. Para que esse efeito econômico pudesse ser explicado pelo racismo, seria preciso provar a presença atuante de uma ideologia racista na sociedade brasileira, em dose capaz de produzir esse resultado pelo acúmulo de exclusões propositais dos negros pelos brancos nos empregos, nas vagas escolares. etc.. Mas, na completa ausência dos meios concretos da propaganda ideológica – organizações, livros, discursos, revistas, folhetos, assembléias, etc. –, o fator “racismo” só poderia ser alegado como causa daquele efeito econômico mediante a hipótese de uma transmissão mágica, imaterial, telepática. Longe de constituir prova de racismo, aquela estatística só poderia ser associada ao racismo caso este já estivesse provado por outros meios e se todas as outras causas que pudessem explicar o fato econômico nela apontado tivessem sido excluídas. Mas, entre essas outras causas, havia pelo menos uma que não só era fato histórico comprovado, mas bastava por si para explicar o fenômeno sem nenhum auxílio da hipótese “racismo”: entre a abolição da escravatura e o primeiro surto industrial brasileiro decorreram quatro décadas e meia; nesse ínterim, a população negra, desamparada por seus antigos senhores, se multiplicou formidavelmente sem que houvesse a menor possibilidade de integrá-la como mão-de-obra livre numa economia capitalista simplesmente inexistente. Entre a hipótese da exclusão acidental causada por um fator econômico objetivo e a de uma ideologia que se trasmite magicamente por meios mágicos, só cretinos e mentirosos interesseiros podem achar que “disparate” é a primeira.          

         Qualquer principiante de metodologia científica sabe que oferecer uma estatística como se fosse ela própria sua auto-explicação causal é, cientificamente, uma fraude. Pior ainda a fraude se torna quando a diferença residual de padrão econômico entre grupos raciais, não podendo ser atribuída aos efeitos da ideologia racista num país onde essa ideologia não existe, passa ela própria a ser designada pelo termo “racismo”, como acontece hoje em dia em todos os jornais e na boca do próprio presidente da República, numa pirueta semântica destinada a inculpar de crime hediondo um povo inocente. (2)

         Essa fraude hoje é impingida à opinião pública brasileira por iniciativa de nações racistas — tão racistas que para controlar mal e mal o seu racismo tiveram de recorrer a métodos corretivos policiais –, as quais, com o slogan do “Brasil racista”, buscam destruir um valor essencial da nossa identidade nacional, quebrar a unidade moral da nossa população e subjugar este país às suas grotescas imposições culturais globalistas e imperialistas. Rios de dinheiro da Comunidade Econômica Européia, das Fundações Ford e Rockefeller e de empresas estrangeiras como o BankBoston correm hoje para os bolsos de qualquer pseudo-intelectual que queira colaborar com esse empreendimento sinistro, certamente a mais brutal intervenção psicológica que um poder estrangeiro já ousou realizar sobre a cultura nacional. Seja entre os liberais de conveniência, seja nas hostes da esquerda fimgidamente nacionalista, não faltam traidores, sabujos e vendidos que se prestem a fazer esse serviço, uns por dinheiro, outros pela simples vaidade de posar de “politicamente corretos” nas revistas chiques. Se há um tipo de racismo que me parece inteiramente justificado, é este: tenho o maior desprezo por essa raça de canalhas.

15 de abril de 2001

Notas

         (1) É claro que no Brasil há pessoas racistas, mas não há um só grupo racista organizado, exceto, por ironia, os grupos negros que, ludibriados pela fraude estrangeira, começaram recentemente a desenvolver um ódio irracional aos brancos e já o expressam em suas letras de “rap”. Pelos frutos os conhecereis: durante quase dois séculos, a música popular brasileira deu testemunho da nossa integração racial, da nossa cultura miscigenada e da cura progressiva e irrefreável das feridas da escravidão. De uns anos para cá, pela primeira vez o ódio racial, trazido de fora por ONGs e empresas milionárias a pretexto de “affirmative action”, fez seu ingresso no nosso repertório musical.

         (2) Fraude comparável é a das estatísticas de opinião que, da crença geral na existência de uma coisa, deduzem a realidade objetiva dessa coisa e não a simples existência da opinião mesma como fato social. A moda foi lançada, creio que em 1998, pela revista IstoÉ, que se destaca das demais publicações semanais pelo seu sectarismo cínico. De uma sondagem de opinião na qual oitenta e tantos por cento dos entrevistados afirmavam haver racismo no Brasil, a revista concluía, em manchete espetaculosa, que havia encontrado “a prova definitiva” do racismo brasileiro. Mas a estatística, obviamente, provava o contrário. Os oitenta e tantos por cento que denunciavam a existência de racismo faziam isso precisamente porque eram anti-racistas. Anti-racista, igualmente, era a parcela minoritária que, julgando defender a boa imagem do Brasil, negava a existência de racismo no país. Somadas as duas parcelas, os racistas, se algum sobrava, só poderiam ser pinçados no número residual dos indecisos e desinformados, descontando-se, evidentemente, os autenticamente indecisos e desinformados. Vender revistas com a manchete “Racismo: a prova definitiva”, em tais circunstâncias, foi evidentemente propaganda fraudulenta. Se eu fosse assinante dessa porcaria impressa, teria levado o caso à Delegacia do Consumidor.

Do fórum ao jardim

Olavo de Carvalho


O Globo, 14 de abril de 2001

O Fórum da Liberdade, criação do industrial Jorge Gerdau Johanpeter e do Instituto de Estudos Empresariais, realiza-se todos os anos, em Porto Alegre, desde 1988. É o maior, o mais sério e o mais democrático círculo de discussões sociopolíticas deste país. No ano passado e agora, no dia 10 de abril, reuniu quase duas mil pessoas no auditório da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul para ouvir políticos, empresários, escritores e homens de ciência, brasileiros e estrangeiros, de convicções e tendências diversas, que ali discutiam, num ambiente de liberdade e tolerância, temas essenciais para o desenvolvimento nacional. Como é obra de liberais, a coisa acabou por suscitar meses atrás a inveja dos esquerdistas, que, sentindo-se humilhados em vez de lisonjeados pela liberdade que aí desfrutavam como convidados, decidiram fazer o seu próprio fórum, com cinco diferenças vitais: (1) recorreram ao dinheiro público em vez de ater-se aos recursos privados; (2) somaram a isso o dinheiro estrangeiro, em vez de contentar-se com patrocínio nacional; (3) negaram o direito de voz aos liberais que anualmente lhes franqueavam os microfones do Fórum da Liberdade; (4) incluíram na lista de convidados especiais alguns assassinos, genocidas e traficantes, um tipo de gente que não freqüenta o Fórum da Liberdade; (5) disfarçaram a ori$caricatural e imitativa de seu empreendimento sob as aparências, desproporcionais e forçadas, de um >sav<pendant nacionalista do encontro global de Davos.

Essa macaquice perversa chamou-se, como se sabe, “Fórum Social Mundial”. Em contraste com o original, que mal chega a ser mencionado na imprensa fora do Rio Grande, recebeu a mais espetaculosa cobertura do lobby esquerdista na mídia nacional e internacional.

Não pretendo, ao dizer isso, corrigir a pauta da mídia mundial. Pretendo apenas buscar a lógica por trás do absurdo. E, nesse empenho, ocorre-me lembrar que, entre os documentos da KGB que despertaram curiosidade quando da abertura dos arquivos do Comitê Central do PCUS, um, em especial, foi e é sonegado até hoje ao exame dos pesquisadores: a lista dos jornais e jornalistas ocidentais subsidiados pela espionagem soviética. Alguns dados fragmentários foram obtidos pelo escritor russo Vladimir Bukovski. Comprometiam celebridades social-democratas e as maiores editoras de jornais “progressistas” da Europa. Mas sua divulgação, feita na Itália, não vingou: foi bloqueada pela deflagração da “Operação Mãos Limpas”, a qual, mediante eficazes acusações de corrupção menor, logrou in$as lideranças liberais e conservadoras para que se abstivessem de investigar aquilo que foi certamente o mais vasto empreendimento de compra de consciências em toda a história humana. Ajudando assim os comunistas a escorregar para fora da linha de investigações, a célebre ofensiva moralista da magistratura italiana talvez contivesse em seu nome uma alusão ao sabonete usado em análogas circunstâncias pelo mais escorregadio dos magistrados, o limpíssimo Pôncio Pilatos.

Estes fatos podem parecer muito distantes do assunto inicial deste artigo, mas dão ao leitor uma idéia da origem e das dimensões majestosas do lobby esquerdista na mídia européia, idéia sem a qual seria totalmente incompreensível a repercussão planetária de uma paródia de debate encenada em Porto Alegre.

Também não é despropositado notar que, após a queda do bloco soviético, a KGB, com seu nome alterado pela enésima vez, continuou a funcionar normalmente, sem que nenhum de seus espiões, esbirros e torcionários fosse punido ou sequer investigado por seus crimes. Ao contrário, o próprio Boris Yeltsin, o demolidor do bloco, deteve temerosamente sua marreta ante os muros da KGB, não só refreando-se de fazer sondagens $mas consentindo até mesmo em erguer uma estátua a um agente da instituição, celebrado como o espião soviético que permanecera mais tempo infiltrado no governo dos EUA.

Ainda na mesma linha de juntar dados para uma conclusão à qual seria temeridade atribuir o caráter de coisa certa mas covardia abster-se de admitir como hipótese razoável, é preciso lembrar aquilo que disse um dos principais agentes da espionagem comunista no Brasil, o tcheco Ladislav Bittman, que a repartição para a qual trabalhava mantinha em sua folha de pagamentos uma considerável tropa de jornalistas brasileiros e subsidiava até um jornal inteiro. Embora Bittman publicasse esses dados em 1985 (no seu livro “The KGB and Soviet disinformation”), até hoje os pesquisadores acadêmicos, sempre tão ansiosos por desventrar “os porões” da era militar, não mostraram o menor interesse em saber quem eram esses felizardos e que serviços prestaram à espionagem soviética.

Mas, falando em desinteresse, não é menor aquele que a imprensa nacional demonstra ante o pedido de impeachment do governador gaúcho Olívio Dutra, que será votado terça-feira próxima na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa do Rio Grande. Em contrapartida, as senhoras chiques de Paris são informadas, pela revista “Marie Claire” de abril, de que, graças ao milagre da administração popular dutrina, Porto Alegre é hoje — literalmen$— “um jardim”. Um jardim de democracia e igualdade.

De fato — acrescento eu — só um igualitarismo profundo pode ter inspirado algumas das iniciativas que levaram o governador Olívio Dutra a tornar-se, em pleno jardim, o alvo de um pedido de impeachment. Vou citar só uma dentre dezenas. O Colégio Tiradentes, da Brigada Militar, ocupa há 12 anos os lugares de honra no >sav<ranking das melhores escolas gaúchas, segundo pesquisas dos jornais “Zero Hora” e “Correio do Povo”. Enquanto os alunos da rede pública estadual recebem 2.400 horas-aula por ano, os do Tiradentes recebem 3.200. A média de aprovação geral de seus alunos é 7; nas demais escolas, 5. Tudo isso feria doloridamente o espírito igualitário de S. Excia. e de sua secretária da Educação, Lúcia Camini. Para dar fim a tão intolerável estado de coisas, determinaram que o colégio seria fundido com outra instituição, também da Brigada Militar, dedicada à reeducação de oficiais condenados pela prática de crimes graves. Deste modo, os alunos do Tiradentes, em vez de constituir uma odiosa elite a pairar soberbamente sobre este baixo mundo, terão a oportunidade de ser reeducados nos princípios do igualitarismo, recebendo aulas na companhia de estupradores, assassinos e ladrões. Isso é mais que igualdade. É uma imagem do paraíso bíblico: o lobo e o cordeiro estudando juntos no jardim de “Marie Claire”.

Censorship, then and now

OLAVO DE CARVALHO
Época
, April 14, 2001

Translated by Assunção Medeiros

Now it is scientific and meticulous

Comparing the censorship from the time of the military government with the Gramscian system of information control that the left has installed in Brazil today is like comparing the management of a neighborhood deli with the scientific administration of a multinational company.

The military censorship, from the beginning, presented itself ostensibly as such and did not make any effort to hide its presence. Everyone knew that verses from Camoens’ Os Lusíadas and cake recipes meant suppressed news. If a newspaper, not to jeopardize itself commercially, covered up the gaps with innocuous news, it did that because it wanted to. No one forced that. The censorship recognized itself as an abnormal and provisory phenomenon, with no long-term ambition to manipulate the conscience of the people.

Second, its reach, at least in the beginning, was more of a police-military nature than political. There was at the time the urban guerrilla, with kidnappings and robberies happening all over the place, and the order was to keep the media from becoming propaganda instrument of the guerrillas. Today we know that they were few and poorly armed, but at the time this was not the impression that they themselves disseminated: if they tried to terrify the government to induce it to feel cornered by a civil war, they did it being perfectly aware that the reaction of any government in theses circumstances would be to implement a state of exception, that would include the control of information. Their reasoning, as usual in the communist strategy, was two-edged: if the government did not react, it would risk being beaten militarily; if it did react, it could be afterwards demoralized by decades of cries against censorship. The immense tear-historiographic production of left-wing academics that even today impose to national conscience a falsified vision of that time was already planned since then: it is the political recycling of the military defeat, the continuation of guerrilla through other means.

It is true that later the cuts became bigger, suppressing political news with no relation to the guerrilla. But, by their own random and aimless characteristics, many of these cuts were the exact opposite of a planned operation: they were the general madness disseminated among inapt and terrified civil servants that, without precise instructions, desperately wanted to show effectiveness. Thirdly, the censorship acted exclusively over the popular media, without interfering in the circulation of books (only a few were forbidden, because they taught the techniques of urban guerrilla) and in academic publications. That is why the time presented today as having the most rigid state control of thought was the time of the greatest blooming of left-wing editorial in all of our History – many times with the financial help of the government itself – and the time of the consolidation of left-wing hegemony in the academic and cultural environment.

Limited objectives, renouncing to long-term influence, awkward execution through uncouth civil servants, almost total abstention from deep interference in the superior sphere of the ideas and culture. Such are the marks that characterized military censorship, to which would be a demagogic exaggeration to give the dimensions of a true manipulation of conscience.

In contrast, the left-wing control of information today aims essentially long term objectives, has at its service the best-trained academic professionals, acts mainly from the top, through the control of ideas and of historical visions that are susceptible of shaping the future, and, above all, is meticulous in its zeal of covering its tracks. The specter of facts and ideas whose circulation it blocks is immensely bigger than the one covered by military censorship, to the point of hiding from the Brazilian student population practically all the production of the conservative thinkers of the last decades and whole chapters of national History. For instance, the participation of Cuba in the direction of our guerrillas, denied for 20 years as a perfid right-wing lie, has now been proven, under general protest, by the courageous study of Denise Rollemberg, Cuban Support to Armed Conflict in Brazil (Apoio de Cuba À Luta Armada no Brasil, Rio, Mauad, 2001).

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