Posts Tagged Zero Hora

Tutto è burla nel mondo

Olavo de Carvalho


Zero Hora, 15 de dezembro de 2002

Se informo que em dezembro de 2001 o sr. Luís Inácio Lula da Silva assinou um pacto de solidariedade com a narcoguerrilha colombiana, respondem-me que sou um sujeito raivoso e muito malvado. Se daquele dado extraio a conclusão logicamente incontornável de que o presidente eleito não poderá reprimir as atividades das Farc no Brasil sem romper o compromisso firmado e atrair contra si a ira de seus antigos aliados, aí então sou diagnosticado como um caso perdido de direitismo hidrófobo, satânico, genocida.

E essas respostas não vêm de analfabetos nem de meninos de doze anos. Vêm de pessoas adultas e diplomadas. Vêm da classe dita superior, dirigente, consciente e sabedora.

Que mais posso concluir daí senão que muitos componentes dessa classe já não sabem sequer distinguir entre um fato e uma opinião pessoal, muito menos entre uma análise lógica e a expressão de um sentimento?

O nome dessa incapacidade é analfabetismo funcional. O problema das classes falantes no Brasil é que, excetuando mensagens corriqueiras, não compreendem o que lêem, portanto muito menos compreendem o mundo real, seja na escala macroscópica dos acontecimentos mundiais, seja naquela mais próxima e modesta do seu horizonte de experiência direta. Pois o sentido de um texto, que já vem hierarquizado em categorias — pré-mastigado, por assim dizer — é infinitamente mais fácil de apreender do que o nexo entre acontecimentos reais, onde a inteligência do observador tem de fazer sozinha todo o serviço, desde as analogias primitivas até as últimas precisões lógicas. O sujeito que é burro diante de um escrito é necessariamente mais burro diante da vida, exceto, é claro, no círculo limitado da sua experiência repetitiva, onde a eficácia das soluções herdadas lhe dá uma ilusão de inteligência.

Para piorar, quanto mais um indivíduo se mostra incapaz de apreender a mera referência fática do que a gente lhe diz, mais se sente habilitado a diagnosticar, por adivinhação, os sentimentos íntimos e as motivações ocultas do interlocutor — como se a inépcia lingüística fosse um atestado de especial acuidade psicológica.

Ao ler este mesmo artigo, certos leitores, justamente por não ter concentração bastante para comparar com os dados de sua experiência interior as reações nele descritas, para ver se o caso assinalado não é precisamente o seu, se sentirão instantaneamente habilitados a proclamar que o escrevi por tais ou quais motivações sórdidas ou doentias, tão-somente para insultá-los sem razão, por mero sadismo. Cada analfabeto funcional que encontrei nesta vida imaginava ser o dr. Freud em pessoa. Um pequeno estoque de chavões psicológicos prêts-à-porter é a melhor defesa contra os riscos da autoconsciência, sempre um tanto humilhantes.

Quando, num teste de compreensão de leitura entre estudantes de 32 países, os brasileiros tiraram o último lugar, afirmei resolutamente que o resultado seria o mesmo se em vez de estudantes os examinandos fossem profissionais adultos — incluindo acadêmicos, jornalistas, educadores, parlamentares, ministros da Educação e (por que não?) presidentes da República. Os estudantes não deveriam ser considerados a priori uma exceção devida a fatores acidentais, mas uma amostra significativa da população em geral.

Por mais razoável que fosse, a conclusão pareceu hiperbólica e ditada — é claro — unicamente pelos meus maus instintos. A hipótese de confrontá-la com os dados objetivos nem sequer passou pelas cabecinhas que a repeliram com esgares de indignação moral. Claro: o primeiro e mais patente dado objetivo a ser levado em conta teria de ser precisamente esse — o fato de que, naquele mesmo momento, não estavam entendendo o que liam.

Todo esse estado de coisas, que já era alarmante uns anos atrás, agravou-se muito com a onda nacional de entusiasmo em torno da pessoa do sr. Luís Inácio da Silva, cuja vitória foi, explicitamente, uma vingança da incultura ressentida contra a erudição supostamente real e supostamente pecaminosa que, sem a mínima razão plausível, se associava à imagem de seus adversários.

Parece incrível, mas num país onde as maiores conquistas da inteligência foram mérito de pés-rapados — um Machado de Assis, um Capistrano de Abreu, um Cruz e Souza, um Farias Brito e tutti quanti –, a cultura continua a ser vista, sobretudo pelos que têm preguiça de adquiri-la, como um bem de consumo reservado às classes superiores, um emblema de chiqueza com que os pedantes humilham os pequeninos. Daí a ambigüidade dos sentimentos que ela evoca: todos a desejam, mas apenas para usá-la, sem que ela os afete por dentro. A cultura deve permanecer exterior, como uma peruca ou um soutien, que embelezam sem modificar substancialmente a coisa embelezada. Cultura é a capacidade de expressar com requintes de linguagem acadêmica as mesmas opiniões toscas e preferências irracionais que o sujeito já tinha antes de adquiri-la. Nenhum objeto de desejo poderia ser mais ambíguo e perturbador: quanto mais intensamente cobiçado, mais absurdo ele parece, e mais revoltante a cobrança social que o exige para o desempenho de certos cargos. Daí o inevitável choque de retorno: exausto de lutar em vão pela posse inútil de um simulacro vazio, o cidadão por fim se revolta e proclama, do alto dos telhados, a superioridade da ignorância explícita, agora rotulada “experiência da vida” e enobrecida por um doutorado “honoris causa”. A farsa, cansada de si mesma, assume-se como tal e obtém uma vitória de Pirro na afirmação gloriosa da falsidade de tudo. Como o Falstaff de Verdi, que, condenado a ser sempre o bufão da história, encontra alívio na proclamação da universal bufonaria: “Tutto è burla nel mondo.”

Que é hegemonia?

Olavo de Carvalho

Zero Hora, 01 de dezembro de 2002

Dois acontecimentos importantes da semana passada mereceram pouca ou nenhuma atenção da mídia brasileira: o estrondoso sucesso da visita de George W. Bush à Romênia e os 70 anos do genocídio soviético na Ucrânia. Claro: nenhum fato que deponha a favor dos EUA ou contra o socialismo é admitido pela nossa classe jornalística, reduzida cada vez mais à condição de mera força auxiliar da “revolução cultural” gramsciana.

Poucos povos têm a consciência histórica dos romenos. Já fiz várias viagens à Romênia, tenho uma infinidade de amigos lá, e todos eles, desde as estrelas máximas da intelectualidade como os filósofos Andrei Pleshu e Gabriel Liiceanu até motoristas de táxi e empregadas domésticas, desde patriarcas centenários até garotos de ginásio, sabem de cor e salteado a epopéia das lutas e sofrimentos do seu país ao longo de seis décadas de totalitarismo, primeiro nazista, depois comunista. Mais ainda: têm uma aguda consciência de que nenhuma nação que tenha vivido essas experiências pode saltar alegremente para o futuro, varrendo o passado para baixo do tapete. Quando Pleshu, então ministro das Relações Exteriores, descobriu documentos que incriminavam seu amigo e mestre Dan Lazarescu como colaborador da polícia secreta do extinto regime, a decisão de divulgá-los deve ter-lhe doído como se cortasse na própria carne. Lazarescu, decano do Senado, historiador e erudito, era um ídolo nacional, além de grão-mestre da Maçonaria — e por meio dele centenas de maçons e não-maçons tinham encontrado o caminho da prisão e da morte. A revelação de seus crimes foi um trauma que poucas nações suportariam sem cair imediatamente em dúvidas inquietantes sobre o seu próprio futuro. A recepção entusiástica a George W. Bush mostra a firmeza inalterada da opção do povo romeno pelo modelo ocidental de democracia, sem concessões ao anti-americanismo fácil de tantos povos europeus. Franceses e alemães podem ter esquecido que devem sua liberdade aos americanos. Os romenos não o esquecerão facilmente.

O massacre dos ucranianos pela “arma da fome”, empreendido por Stalin entre os anos 32 e 33, também não será esquecido, malgrado os esforços censórios da nossa mídia. Negado durante décadas pela imprensa “progressista chique” do Ocidente, hoje é fato perfeitamente assimilado pela historiografia mundial, sobretudo depois que a abertura dos Arquivos de Moscou e os trabalhos da Comissão de Investigações sediada em Montreal confirmaram o relato apresentado pelo historiador Robert Conquest no clássico “Harvest of Sorrow”. Terça-feira passada, na Sociedade dos Amigos da Cultura Ucraniana, em Curitiba, assisti a um filme produzido pela Comissão com trechos de documentários da época filmados “in loco”. Foram sete milhões de mortos, a maioria crianças — uma Biafra tamanho gigante, só que criada de propósito para a eliminação de resistências.

Essa diferença, é claro, não absolve o socialismo africano. Num levantamento feito em 1985 pela ONU em vinte países da África assolados pela miséria e pela fome, todos, sem exceção, tinham adotado na década anterior políticas agrárias socialistas, controle de preços, supressão dos intermediários — toda a parafernália estatizante que, num país de agricultura enormemente produtiva como o Brasil, ainda há quem apresente como solução “humanizadora”. Somem a isso algumas dezenas de milhões de vítimas do “Grande Salto para a Frente” chinês, e verão que, seja de propósito, seja pela inépcia de suas políticas econômicas, nenhum regime, em qualquer época que fosse, matou tanta gente de fome quanto o socialismo. São coisas que têm de entrar em discussão num momento em que o governador Germano Rigotto, revelando um fundo mórbido de escrúpulos socialistas em sua mentalidade democrática, hesita em cortar os subsídios ao próximo Fórum Social Mundial. Pois deveria não somente cortá-los, mas abrir inquérito para averiguar se os dois Fóruns anteriores não foram um abuso, um desperdício de dinheiro público em propaganda ideológica de um regime genocida. Por que tantas deferências, tantos salamaleques, tantas obscenas genuflexões de democratas ante a propaganda socialista, como se esta, com todos os crimes hediondos que legitimou ao longo de um século, estivesse por isto investida de uma excelsa autoridade moral? O governo do Estado subsidiaria um congresso de propaganda liberal ou conservadora? E, se o fizesse, não se defrontaria no ato com o clamor petista por investigações e punições? Por que os democratas usam de dois pesos e duas medidas contra si mesmos, favorecendo o adversário “para não dar má impressão”? Quem não percebe nesse temor, nessa fraqueza, o triunfo da hegemonia esquerdista, que logrou desarmar psiquicamente o adversário, reduzindo-o a colaborador e escravo?

Àqueles que crêem que o projeto gramsciano é de transição indolor para o socialismo, é bom lembrar que Gramsci jamais abdicou da estratégia leninista de violência e terror. Apenas julgava conveniente adiar-lhe a aplicação até à completa destruição ideológica do “inimigo de classe”. Nesse sentido, nada acrescentou à técnica stalinista. O exemplo ucraniano mostra bem isso: primeiro Stalin demoliu a religião, a cultura e a moral dos ucranianos. Só depois empreendeu o assalto à propriedade e por fim o confisco das reservas de alimentos, matando os adversários de fome. O “timing” da operação foi perfeitamente gramsciano.

A demolição das defesas ideológicas dos democratas, no Brasil, já está bem avançada. Tão avançada, que eles se curvam espontaneamente à arrogância dos novos senhores, evitando magoar suas suscetibilidades com a lembrança de seu passado de crimes e perversidades. Um partido de esquerda muda de nome, e pronto! Num relance, está absolvido de quatro décadas de apoio moral ao genocídio. Quem, na “direita”, goza de tamanho privilégio?

Tão longe vai a subserviência, que ela não molda só o presente, mas remolda o passado. Num livro recém-lançado por um jornalista célebre, com pretensões a meticuloso registro histórico do regime militar, não encontro uma só vez a sigla “KGB”. Na época, a espionagem soviética tinha centenas de agentes de influência, pagos, na mídia nacional. Chegou a instalar um grampo no gabinete do presidente Figueiredo. Foi uma das forças básicas que criaram a história do período, incompreensível sem o conhecimento desse fator. E tudo isso desaparece, falseando radicalmente o quadro. A Guerra Fria narrada ao nosso público não se travou entre duas potências mundiais, uma democrática, a outra totalitária, mas entre malvados imperialistas ianques e heróicos democratas brasileiros — exatamente como a pintava, naquele tempo, a propaganda soviética. Hegemonia é isso.

Namoro com o genocídio

Olavo de Carvalho

Zero Hora, 17 de novembro de 2002

No artigo anterior, esqueci de mencionar, entre as entidades que resistiram bravamente ao totalitarismo petista no Rio Grande, a Associação dos Oficiais da Brigada Militar. Esqueci, talvez, porque a menção era óbvia demais. Se não fosse pela teimosia de seus oficiais, a Brigada talvez já nem existisse, substituída a esta altura por milícias de arruaceiros doutrinados, bem no feitio daqueles que, sob as bênçãos do governador e de seu secretário da Segurança, demoliram o relógio comemorativo dos 500 anos de Brasil.

“Quem sofreu sob o teu jugo te conhece”, dizia Nietzsche — e, evidentemente, só quem conhece pode ensinar quem não conhece. Daí a obrigação que cabe aos gaúchos, agora que exorcisaram o íncubo petista: mostrar ao resto da população a verdadeira face de um partido totalitário, no qual se depositam hoje as mais insensatas esperanças de um país que disse adeus à realidade.

É verdade que, no conjunto da militância petista, só uma fração é revolucionária, leninista, ditatorial. Mas, definitivamente, não estou entre os que levam muito a sério a distinção de “extremistas” e “moderados”, hoje elevada às alturas de um critério último para o prognóstico dos destinos nacionais. Moderação e extremismo, afinal, são apenas noções quantitativas, usadas para graduar alguma qualidade que, esta sim, é essencial, substantiva. Jamais a consideração da mera quantidade pode sobrepor-se, numa análise razoável, ao conhecimento da essência, do quid, da natureza do objeto em questão.

Em primeiro lugar, o movimento comunista, que tem 150 de existência, experiência, conhecimento e prática, sempre teve mão dupla, indo para cá ou para lá, freqüentemente para as duas direções ao mesmo tempo, conforme as conveniências.

A mente treinada na dialética de Hegel e Marx (para não falar das astúcias de Lênin e das sutilezas de Antonio Gramsci) habitua-se a jogar com as contradições não somente no plano teórico, mas no da ação prática, articulando o sim e o não num vai-não-vai estonteante, calculado para desorientar o adversário e induzi-lo à rendição ou ao suicídio. Uma das modalidades preferenciais dessa técnica consiste precisamente em assustar o infeliz com o fantasma do radicalismo para atirá-lo nos braços da alternativa “moderada”, de modo que aquilo que antes se evitava como à peste venha a ser aceito como um remédio salvador.

Essa armadilha é tão velha, tão gasta, que chega a ser comovente a ingenuidade patética com que nela vão caindo todas as lideranças empresariais e políticas deste país, soi disant espertíssimas, mas totalmente ignorantes dos principios mais elementares da estratégia comunista.

Em segundo lugar, colocar a opção entre petismo moderado e petismo radical no centro do debate nacional é simplesmente dar o último e decisivo passo para a total esquerdização da vida política no Brasil, com a conseqüente supressão de todas as oposições “de direita”.

Quantas vezes será preciso explicar que não se leva um país ao comunismo por meio da propaganda direta, simples e unívoca, e sim através da inteligente manipulação dos conflitos por meio do que Lênin chamava “estratégia das tesouras”? Não se trata de impor uma doutrina partidária explícita, mas de fazer com que um fundo de esquerdismo geral e difuso prevaleça em todos os partidos, inclusive os mais alheios a qualquer cumplicidade consciente com a esquerda. Quem observe a curva da evolução política do Brasil nos últimos vinte anos notará que, gradativamente, a dose de direitismo permitido foi diminuindo, diminuindo, até que, nas últimas eleições, a escolha do cidadão foi restringida a um mostruário de esquerdismos diversos. Na realidade, nem tão diversos: os partidos de Ciro Gomes e Garotinho são membros do Foro de São Paulo (coordenação geral do movimento comunista no continente), comprometidos ao menos informalmente a colaborar para a eleição de Lula, que essa entidade sempre considerou prioritária. A presença desses senhores no pleito — cinicamente alardeado como “o mais transparente de toda a nossa história” — funcionou apenas como excipiente inócuo para a substância petista que se pretendia injetar no eleitorado. Não é de espantar que ambos já tenham seu lugar prometido no novo governo. O terceiro e principal partido concorrente, o PSDB, mal terminadas as apurações já anunciava sua intenção de mover ao novo governo tão-somente uma “oposição light”, ficando, portanto, tudo em família. Mas, como todas as atenções nacionais tendem inevitavelmente a concentrar-se na alternativa entre dois petismos, o bonzinho e o malvadinho, que outra função terá nesse quadro o pobre PSDB senão o de uma força auxiliar do petismo moderado, função aliás já assumida, com humildade servil, também por todos os demais partidos? O PT, portanto, já ocupa todo o cenário político, sem deixar espaço para outra oposição que não sua própria oposição interna, vendendo como democracia o bom e velho “centralismo democrático” leninista. Quem quer que tenha estudado Lênin reconhece nesse processo a aplicação literal da “estratégia das tesouras”, coroada de sucesso fulminante graças à estupidez pomposa de tantas lideranças ilusoriamente antipetistas. Não é preciso dizer que, precisamente nesse ponto, os gaúchos foram a exceção honrosa, porque só no Rio Grande houve oposição efetiva, graças não só à coragem daquelas entidades combatentes mas à lucidez de tantos estudiosos e analistas políticos, entre os quais me ocorrem agora especialmente, sem demérito de quaisquer outros, os nomes de Denis Rosenfield, José Giusti Tavares, Adolpho João de Paula Couto e Percival Puggina.

Em terceiro lugar, é uma deplorável burrice confundir o discurso moderado com a moderação das ações. Afinal, Stalin começou sua carreira de governante, justamente, esmigalhando a ala extremista do Partido Comunista russo. E quem assinou em dezembro de 2001 o manifesto de solidariedade às Farc na reunião do Foro de São Paulo em Havana não foi nenhum “radical do PT”, e sim Luís Inácio da Silva em pessoa — a moderação encarnada. Quando um homem como o sr. Antonio Palocci é festejado nos meios empresariais graças ao poder encantatório do seu comedimento discursivo, todo mundo esquece que ele é um propagandista das Farc, cúmplice ideológico da morte de mais de 30 mil vítimas da narcoguerrilha colombiana. Num momento em que agentes das Farc estão reconhecidamente infiltrados nas quadrilhas nacionais de narcotraficantes, treinando bandidos para elevar o grau de violência nas nossas ruas até o absolutamente insuportável, prever a conduta de políticos esquerdistas mais pela moderação da sua fala do que pela periculosidade das suas alianças é mais que suicídio: é um namoro com o genocídio.

Veja todos os arquivos por ano