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Conjeturas e fatos

Olavo de Carvalho

Diário do Comércio, 17 de novembro de 2008

Não sei se Barack Hussein Obama nasceu no Quênia, no Havaí, no Rio de Janeiro ou em Serra Leoa. Não sei se Barack Hussein Obama é filho de Barack Obama Senior, de Malcom X ou de Mickey Mouse. Não sei se Barack Hussein Obama é o candidato da Manchúria ou um político como qualquer outro. Não sei se o maior sonho de Barack Hussein Obama é destruir os EUA, como supõe Brad O’Leary em The Audacity of Deceit, ou soltar uma bomba atômica em Moscou, como assegura Webster G. Tarpley em Obama: The Postmodern Coup (sim, Obama tem críticos na esquerda).

O que sei com certeza, e desafio qualquer um a provar que estou errado, é o seguinte:

1) A certidão de nascimento que ele publicou no seu site de campanha não é uma certidão de nascimento, mas um simples atestado emitido anos depois. Só com esse atestado, sem uma cópia da certidão original, ninguém nos EUA poderia tirar uma carteira de motorista ou um passaporte.

2) O atestado em si não vale nada, mas, como a mídia mundial alardeou que uma “organização apartidária” teria confirmado a autenticidade do documento, é bom saber que isso é uma mentira cinica. O site FactCheck pertence à ONG Chicago Annenberg Challenge, que contribuiu para a campanha de Obama e onde ele trabalhou ao lado de William Ayers, coletando dinheiro para organizações esquerdistas.

3) Por duas vezes a avó de Obama afirmou que ele nasceu no Quênia. Depois disso a família Obama cancelou toda entrevista dela à imprensa, alegadamente para não cansar a venerável anciã.

4) Continua bloqueado, por ordem de Obama, o acesso não só à certidão de nascimento, mas a todos os documentos do novo presidente: seu histórico escolar, seus registros médicos, seu passaporte, sua lista de contribuintes de campanha, sua agenda de audiência no Senado, o rol de clientes do seu escritório de advocacia e até sua tese de doutoramento, alegada – gozação sinistra – como prova de seus dons intelectuais superiores. Nenhum candidato à presidência dos EUA ou de qualquer outra nação democrática jamais sonegou à imprensa essas informações básicas sobre sua pessoa. Lênin, Stálin, Hitler, Mao e Pol-Pot jamais esconderam seus históricos escolares.

5) A grande mídia americana continua ocultando ao público o capítulo mais importante da carreira política de Obama antes da candidatura: sua intensa participação (com comícios de palanque e tudo o mais) na campanha eleitoral do genocida Raila Odinga à presidência do Quênia. O governo atual do Quênia colabora na operação-abafa montada para proteger Obama, proibindo qualquer investigação a respeito dele no território queniano.

Concluam daí o que quiserem. Contestar hipóteses não impugna os fatos que elas pretendem explicar.

A mentira global

Olavo de Carvalho

Diário do Comércio (editorial), 13 de novembro de 2008

Se há uma coisa óbvia, é que a opinião pública não julga os males os pela sua gravidade objetiva, mas pelo destaque que recebem na mídia. Isso é assim pela simples razão de que a quase totalidade das pessoas não tem como informar-se de fonte direta. Não tem nem mesmo como acompanhar as discussões entre eruditos profissionais, que só chegam ao seu conhecimento, quando chegam, pelo recorte mínimo e enviesado do noticiário. O resultado é que opiniões e preconceitos da classe jornalística – reforçados pelos de seus irmãos siameses, o show business e a rede de educação pública – aparecem aos olhos da multidão não só como a imagem direta e veraz do mundo real, mas como a única imagem concebível. O que quer que esteja fora dos jornais e dos canais de TV está fora do universo. Claro, entre estudiosos você pode falar de coisas que a população ignora, mas qualquer tentativa de fazê-lo ante um público maior atrairá sobre você o diagnóstico de paranóia, assinado pela suprema autoridade científica da mídia popular.

Enquanto existiu concorrência genuína entre os meios de comunicação, a divergência entre os pontos de vista dos vários centros formadores de opinião alertava os observadores para as falhas do conjunto, praticamente obrigando-os a conjeturar outras realidades por trás do que aparecia na mídia. De uns vinte anos para cá, três fatores – (1) a rápida concentração da propriedade dos meios de comunicação, (2) a uniformização ideológica dos estudantes de jornalismo, artes e letras por meio da doutrinação maciça nas universidades e (3) a influência crescente exercida sobre as redações pela rede multibilionária de ONGs militantes espalhadas pelo mundo – produziram um fenômeno que ainda não foi estudado como merece: a padronização mundial da opinião pública por meio da influência convergente da mídia, do show business e do sistema educacional.

A “aldeia global” de Marshall McLuhan, que nos anos 60 era apenas uma interessante figura de linguagem, tornou-se uma profecia auto-realizável e, assumida como projeto por quem tinha os meios de realizá-la, realizou-se: hoje é possível desencadear campanhas de mídia em escala mundial em menos de 24 horas, com absoluta uniformidade de opiniões e versões, de tal modo que a mera tentação de enxergar as coisas de modo diferente se torna torna um risco psicológico a que raríssimas pessoas desejariam se expor. O caráter diabolicamente paródico da situação é patente: em vez de “um só rebanho e um só Pastor”, temos uma só manada de burros e um só condutor.

Nesse panorama, mesmo a mentira mais tola e autocontraditória, se assumida como verdade pela mídia mundial, será muito difícil de contestar, exceto em círculos de estudiosos especializados que, por sua vez, se sentirão em geral inibidos de levar a questão ao público. Entre esses estudiosos há exceções, é claro, mas é fácil sufocar sua voz por meio de uma tempestade de contestações numericamente irrespondíveis. Mais fácil ainda é dissolvê-la num mar de lendas urbanas desencontradas, de modo a impedir que seja objeto de atenção séria.

Se você diz, por exemplo, que a certidão original de nascimento de Barack Obama e todos os seus demais documentos importantes continuam inacessíveis a exame, o que é um fato incontestável, imediatamente multidões de tagarelas, confundindo por estupidez ou astúcia esse fato com as dúvidas quanto à nacionalidade de Obama, respondem que é tudo uma lenda urbana já desmascarada. Espremido entre a exigência artificiosa de provar que Obama nasceu no Quênia ou aceitar sem provas a nacionalidade americana do personagem e todas as suas demais alegações de campanha, o público acaba preferindo esta última alternativa e, por automatismo, acaba engolindo junto com ela a imposição cínica de dispensar o presidente eleito da mais elementar obrigação de transparência, cumprida fielmente por todos os seus antecessores. Fundidos numa névoa pastosa os deveres civis do homem público e as prerrogativas do réu num processo penal, o ônus da prova é magicamente invertido e o direito do eleitor informar-se sobre seus candidatos torna-se virtualmente um crime de calúnia. Essa farsa monstruosa jamais teria sido possível sem a colaboração uniforme de praticamente toda a mídia mundial.

Segredos e mentiras sem fim

Olavo de Carvalho

Diário do Comércio, 4 de novembro de 2008

O juiz federal Richard Barclay Surrick rejeitou o pedido do advogado democrata Philip J. Berg para que intimasse Barack Hussein Obama a apresentar sua certidão de nascimento original. A sentença baseou-se em dois argumentos: (1) pela lei americana, nada autoriza o simples eleitor a questionar a elegibilidade de um candidato presidencial; (2) Berg peticionou como simples eleitor, não como vítima, já que não comprovou qualquer dano pessoal sofrido em razão da candidatura Obama.

A Constituição americana determina que só cidadãos americanos natos têm o direito de concorrer à presidência, mas esse permanece um direito sem garantia nenhuma: por incrível que pareça, não há nenhuma instituição incumbida de exigir prova de nacionalidade dos candidatos. Se ao simples eleitor é também negado esse direito, aquele artigo da Constituição está virtualmente revogado.

Berg anunciou que vai recorrer à Suprema Corte: “O que está em questão é saber quem tem legitimidade para impor a obediência à Constituição. Se eu não tenho, se você não tem, se o seu vizinho não tem legitimidade para questionar a elegibilidade de um indivíduo à presidência dos EUA, então quem tem? Assim qualquer um pode simplesmente se afirmar elegível para o Congresso ou para a presidência sem que ninguém possa questionar o seu estatuto legal, a sua idade ou a sua cidadania.”

Enquanto isso, todos os canais possíveis para se averiguar a nacionalidade de Obama estão meticulosamente bloqueados. A governadora do Havaí, Linda Lingle, colocou a certidão de nascimento dele sob guarda do Estado, para que ninguém tivesse acesso ao documento sem autorização do próprio Obama ou de seus familiares. O mesmo fez o governo do Quênia com todo e qualquer documento referente a Obama, logo após expulsar do território queniano o repórter Jerome Corsi que estava ali investigando as atividades do candidato em prol do genocida Raila Odinga.

Obama pessoalmente proibiu que todas as entidades detentoras de seus documentos os divulgassem sob qualquer maneira que fosse. Eis a lista dos papéis que permanecem secretos (v. NewsMax.com):

1) Registros médicos.

2) Correspondência enviada e recebida pelo seu gabinete no Senado.

3) Agenda dos encontros e demais compromissos atendidos por ele no Senado.

4) Lista dos clientes do seu escritorio de advocacia e recibos dos respectivos pagamentos.

5) Histórico escolar do Occidental College, onde ele estudou por dois anos.

6) Histórico de seus estudos na Columbia University.

7) Histórico de seus estudos na Faculdade de Direito de Harvard.

8) Sua tese de doutoramento em Columbia.

9) Seu comprovante de registro na Ordem dos Advogados de Illinois.

10) Lista dos clientes que ele representou como advogado na firma Davis, Miner, Barnhill & Gallard (solicitado a apresentá-la, Obama forneceu em vez disso a lista de todos os clientes da firma, tornando impossível saber quais ele representava pessoalmente).

11) Lista das contribuições de menos de duzentos dólares oferecidas à sua campanha (essas contribuições somam mais de 63 milhões de dólares e, segundo repórteres que puderam espiar por instantes algumas páginas da lista no escritório de Obama, incluem doadores como Fred Simpson, Mickey Mouse e Family Guy).

12) Certidão de nascimento original ou cópia autenticada.

Não é preciso dizer que nenhum outro candidato presidencial jamais negou ao público os documentos equivalentes. O bloqueio torna-se ainda mais suspeito porque vários pontos essenciais da biografia de Obama estão cheios de contradições.

1) Sua avó paterna assegura que estava presente na sala de parto quando ele nasceu num hospital em Mombasa, Quênia. Ele assegura que nasceu em Honolulu, Havaí, mas ele e sua irmã dão os nomes de dois hospitais diferentes onde isso teria acontecido.

2) Ele viajou para o Paquistão quando a entrada de americanos era proibida nesse país. Usou portanto um passaporte estrangeiro, quase certamente o da Indonésia, onde ele viveu e estudou numa época em que, estando o país em guerra, só crianças de nacionalidade indonésia eram aceitas nas escolas. Mais ainda, a lei indonésia não aceitava dupla nacionalidade, de modo que para Obama tornar-se cidadão indonésio ele teve de renunciar (por meio de seu pai) à nacionalidade americana, só podendo portanto voltar aos EUA como imigrante.

3) Obama afirmou várias vezes que jamais pertencera a um partido socialista. Os documentos do New Party provam que ele mentiu (v. AmericanThinker.com).

4) Obama disse que não tinha qualquer ligação com a Acorn, ONG responsável pela maior derrama de títulos de eleitor falsos já ocorrida nos EUA. Documentos e vídeos da Acorn provam que ele mentiu (v. NationalReview.com,www.youtube.com/watch?v=8vJcVgJhNaU e www.youtube.com/watch?v=7NmaZIdz6Vo).

5) Obama disse que não tivera nenhuma conexão política com o terrorista William Ayers. Documentos liberados pela Universidade de Illinois provam que ambos trabalharam juntos em projetos destinados a subsidiar organizações esquerdistas (v. MichelleMalkin.com).

6) Ele disse que jamais soubera das idéias políticas do pastor Jeremiah Wright, mas como é possível ouvir todas as semanas durante vinte anos as pregações de um pastor que praticamente só fala de política, sem ficar sabendo do que ele pensa a respeito?

Além das mentiras patentes, há os fatos nebulosos e mal explicados. Como Obama conseguiu viajar para o Paquistão quando a entrada de americanos era proibida no país? Por que ele jamais contou que é primo de Raila Odinga nem admite divulgar os documentos das atividades que desempenhou em favor desse assassino? Por que o agitador racista Khalid al-Mansour pagou os estudos de Obama em Harvard? Como pode Obama afirmar que não foi educado numa família muçulmana, se os documentos mostram que até numa escola católica, na Indonésia, ele se registrou como muçulmano? Por que, ao saber que alguém abrira um processo no Havaí solicitando a divulgação da sua certidão de nascimento, Obama repentinamente se lembrou de que sua avó estava doente em Honolulu – uma semana depois de ela ter saído do hospital – e, correndo para visitá-la sob a alegação de que talvez fosse sua última oportunidade de encontrá-la com vida, não levou junto a mulher e os filhos mas uma equipe de advogados?

Para completar, há uma quantidade estonteante de pequenas mentiras, todas proferidas com aquela desenvoltura que, nos mitômanos, substitui a sinceridade, às vezes com vantagem: a história do tio que libertou os prisioneiros de Auschwitz (as tropas americanas nunca entraram lá), o pai pastor de cabras (só se as criou no escritório onde trabalhava), a balela de que jamais aceitou contribuições de companhias de petróleo (esqueceu a Exxon e a Shell), a conversa mole de que foi membro do Comitê de Bancos do Senado (jamais esteve lá), etc. etc. A coisa não tem mais fim. É alucinante (v. http://theobamafile.com/ObamaLies.htm).

São só alguns exemplos, colhidos a esmo entre centenas. Nenhum desses fatos foi jamais eficazmente contestado, nem as perguntas daí decorrentes respondidas por quem quer que fosse. No entanto, qualquer dúvida quanto à nacionalidade de Obama ou à autenticidade da sua biografia de campanha é instantaneamente rotulada de “teoria da conspiração” e impugnada como absurda pela grande mídia em peso, como se esta mesma não ignorasse as respostas tanto quanto as ignora o resto da população.

Jamais, na história americana, um candidato presidencial com uma conduta tão nebulosa, extravagante e suspeita teve segredos tão bem guardados quanto os de Barack Obama, nem tanta gente importante empenhada em resguardar seu direito de guardá-los. A privacidade de Obama – a privacidade de um homem público – está acima da própria Constituição americana. Acreditar em Obama sem provas tornou-se obrigação incontornável, e questionar essa obrigação é sinal de racismo.

Tal como no Brasil uma gigantesca operação-sumiço elegeu e reelegeu Lula impedindo que a população soubesse de suas atividades no Foro de São Paulo, um esquema de ocultação mais vasto ainda foi montado para eleger Barack Obama. Com notável hipocrisia os esquerdistas de ambos os países clamam contra a “crescente concentração da mídia”, na verdade uma bênção para eles, sem qual jamais teriam podido bloquear o acesso às notícias que vão contra o seu interesse.

No caso de Obama, o quadro da mais notável fraude eleitoral de todos os tempos é completado pela chantagem racial, pela distribuição maciça de títulos de eleitor falsos e pelo uso generalizado da intimidação e da agressão moral e física que transforma esta eleição americana numa palhaçada de Terceiro Mundo (vejam: TimesOnline, Breitbart.tv, HeraldOnline.com,InYork e WorldNetDaily.com).

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