Leitores de nível acadêmico

Tudo o que escrevo se dirige, em primeiro lugar, a leitores de nível acadêmico ou supra-acadêmico (o que não tem nada a ver com universidade brasileira) e, em segundo lugar, a estudantes que desejam seriamente aprender. Nunca dirigi a palavra a palpiteiros assanhados, muito menos perguntei sua opinião. Foi para esses que inventei, aliás, o supositório de opiniões.

Opiniões soltas

Pessoas subcultas que nada mais fazem do que emitir opiniões soltas no espaço, sem nenhum compromisso com uma ciência em particular ou com o contexto de um debate intelectual organizado, imaginam que tudo no mundo são opiniões soltas, e nunca imaginam que um autor está se dirigindo, eminentemente, aos seus pares, interferindo num debate organizado. O palpiteiro amador é a força mais poderosa da deseducação.
O que eu disse do Islam significa uma coisa para o estudioso de religiões comparadas, outra coisa para a véia dos gatos que acaba de desembarcar do planeta Lourinel.

Estudos

Em geral ninguém precisa ler todos os escritos de um filósofo para apreender a unidade do pensamento dele, porque outros leitores, eruditos especializados, já fizeram isso e escreveram excelentes resumos e introduções. No meu caso, eu recomendaria ler os resumos feitos pelo Ronald Robson, pelo Bruno Garschagen e pelo Filipe G. Martins, mas sabendo que são apenas resumos parciais. O tempo dos estudos de conjunto ainda não chegou.