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Jaca filosófica (Meus caros críticos — III)

Olavo de Carvalho

Mídia Sem Máscara, 4 de fevereiro de 2012

O sr. Júlio Lemos, realmente, já me encheu as medidas. Após ter dado mostras de uma sofisticada inépcia naquilo que escreveu sobre Michael Dummet, bem como de uma mentalidade de fofoqueira de cortiço nas alusões que fez à minha pessoa, ainda exibiu, na discussão que teve com o sr. Rafael C. Melo no site da Dicta, uma pronunciada capacidade de cometer erros pueris naquele tom de superioridade olímpica fingida, tão característico dos antigos Wunderblogs.

O argumento que o sr. Melo opôs à sua idolatria boboca dos estudos lógicos era não só razoável como partilhado com praticamente todos os grandes filósofos do passado, de Aristóteles a Sto. Tomás, de Hegel a Husserl, de Schelling aos dois Erics, Weil e Voegelin. O argumento é o seguinte: o problema maior do filósofo não é raciocinar com lógica, mas encontrar as premissas fundamentais sobre as quais o raciocínio possa operar com proveito.

A isso o sr. Lemos respondeu com um ridículo argumento de autoridade, bom somente para assustar criancinhas: “Eu lhe sugiro que diga isso ao Alvin Plantinga e ao Saul Kripke, que estão vivos e fazendo filosofia. E por que não reclamar com Aristóteles e seu Organon? Por que não fechar o departamento de Filosofia do MIT, de Harvard, de Cambridge e da Universidade de Munique?… Sem lógica, toda a filosofia cai por terra. Isso que você falou devia dar cadeia, hein?”

O sr. Lemos, com toda a evidência, confunde a capacidade de raciocinar logicamente com o estudo especializado da ciência lógica, da tekhne logike fundada por Aristóteles e desenvolvida mais recentemente na forma da lógica matemática. A primeira é um dom natural do ser humano, mais desenvolvido em uns, menos em outros, e não depende em nada de conhecimentos especializados da segunda. O que se usa em filosofia é em geral nada mais que uma lógica prática, ou “arte de pensar”, um instinto lógico, se quiserem, e só de vez em quando a lógica teórica que os lógicos estudam especializadamente. O motivo disso é simples. Assim como um escritor escreve sobre algo da sua experiência real ou imaginativa, e não sobre a correção gramatical daquilo que está escrevendo – tarefa que ele deixa aos gramáticos profissionais –, assim também o foco de atenção do filósofo é algum tema da realidade – ontológico, moral, cosmológico, político etc. – e não a própria estrutura formal do seu discurso, objeto da lógica. Um filósofo pode, é claro, ser também um lógico, mas são atividades distintas. Pode ainda fazer uma terceira coisa, uma filosofia da lógica, mas neste caso ele estará interessado na natureza do pensamento lógico, no seu valor relativo, no seu estatuto epistemológico, na sua função cultural e científica, etc., e não em desenvolver a técnica lógica enquanto tal. Não se pode escrever uma filosofia da lógica sob a forma de um tratado de lógica. No mínimo, essa presunção supõe a incapacidade de distinguir entre linguagem e metalinguagem.

Essa confusão, sim, é que, por ser primária demais, deveria ser punida – não digo com cadeia, mas com o uso obrigatório de orelhas de burro, em público, por três semanas.

A lógica está para o bom pensamento filosófico como a gramática está para a arte de bem escrever. A boa escrita deve possuir, certamente, alguma virtude gramatical, mas não depende, de maneira alguma, de profundos estudos de gramática, nem muito menos do recurso consciente aos cânones dessa ciência no ato de escrever. Nenhum escritor, quando escreve, faz análise sintática ou catalogação morfológica ao mesmo tempo. Isso paralisaria por completo o fluxo da escrita. Não por coincidência, nenhum dos grandes escritores da humanidade – nem Homero, nem Dante, nem Shakespeare, nem Cervantes, nem Goethe, nem Balzac, nem Dostoiévski, nem Tolstói, nem qualquer outro do meu conhecimento – foi jamais gramático profissional, nem sequer estudioso notável de gramática. Em compensação, também não há nenhum gramático que tenha se notabilizado como gênio da literatura. Ao contrário, de muitos deles se pode dizer aquilo que Millôr Fernandes disse do Antônio Houaiss: “Ele conhece todas as palavras da língua. Só não sabe juntá-las.”

Dos grandes filósofos anteriores ao século XX, houve só dois que foram também grandes pioneiros da ciência lógica: Aristóteles e Leibniz. Mas o primeiro, como já assinalei, raramente usava da demonstração lógica nas suas investigações, preferindo a confrontação dialética – a logica inventionis, “lógica da descoberta”, mais frutífera que a mera arte da prova, e origem, aliás, do que viria a ser o método científico. Coisa não muito diversa pode-se dizer de Leibniz, cujo espírito só se punha em ação, nos seus melhores momentos, quando levado a isso por alguma provocação externa à qual pudesse responder dialeticamente. Um dos príncipes da filosofia analítica, Bertrand Russell, disse que toda a filosofia de Leibniz derivava da sua lógica, mas essa tese é historicamente errada: praticamente tudo o que Leibniz fez na vida emergiu da sua fé cristã e da vocação apologética que transparece com brilho incomum desde seus primeiros escritos (o que é verdade também de outro grande matemático filósofo, Blaise Pascal).

No que diz respeito aos escolásticos, não é mera coincidência que o maior deles, Sto. Tomás, tenha sido o que menos atenção deu ao campo específico da técnica lógica. Sua habilidade nas demonstrações emerge de um talento natural, ou sobrenatural, e não de estudos lógicos especializados.

Quanto às matemáticas, ninguém pensaria em negar sua importância para a física, mas seria tolice imaginar que os progressos da matemática aí exerçam autoridade soberana. A mais avançada ciência física do mundo contenta-se ainda com técnicas matemáticas do século XIX, porque desde então as descobertas matemáticas alcançaram tal nível de sofisticação que nem mesmo se concebe que raio de aplicação científica possam vir a ter um dia.

Para complicar mais sua situação, o sr. Lemos ainda atira na cara do seu interlocutor, com ares de quem enunciasse um definitivo cala-a-boca, a frase inscrita no pórtico da Academia Platônica: “Não entre quem não for geômetra.” É puro jogo de cena. Ele não tem a menor idéia da função da geometria no platonismo. Imagina que ela fosse uma técnica formal para a estruturação do discurso coerente, como a lógica matemática moderna. Esse uso da geometria, como modelo de argumentação, não apareceu antes de Descartes e Spinoza. Platão não só não tinha a menor idéia disso, como jamais se vê nas suas obras um único exemplo, nem mesmo acidental, de tese filosófica demonstrada more geometrico. Ele não conhecia sequer a lógica analítica, que só apareceria com Aristóteles (donde se vê que o sr. Lemos, ao proclamar que Platão “respeitava a lógica acima de tudo” só mostra que nunca leu Platão). Seus procedimentos argumentativos resumem-se à dialética, à retórica e ao discurso mitopoético. As figuras geométricas não eram para ele modelos de argumentação e prova, mas símbolos que facilitavam a ascensão imaginativa ao mundo das Formas eternas. Sua função era antes estética e hermenêutica do que lógica. Apelar à apologia platônica da geometria como argumento em favor da autoridade absoluta da lógica matemática em filosofia é um erro tão bobo, tão subginasiano, que orelhas de burro só serviriam para dignificar indevidamente o culpado de semelhante cretinice. A única punição adequada seria mandá-lo desfilar pela cidade fantasiado de jaca, com um cartaz nas costas: “Pisei em mim mesmo.”

Cigarras e formigas (Meus caros críticos — II)

Olavo de Carvalho

Mídia Sem Máscara, 4 de fevereiro de 2012

Num post dedicado a exaltar a memória do filósofo britânico Sir Michael Dummett (1925-2011), o sr. Júlio Lemos aproveita a ocasião para sublinhar a diferença entre os pensadores mais afins à literatura e às ciências humanas e aqueles que se inspiram antes na lógica matemática, na física e, de modo geral, nas chamadas “ciências duras” (v. http://www.dicta.com.br/michael-dummett-1925-2011/). Ele rotula os dois grupos, respectivamente, de “cigarras mágicas” e “formigas engenheiras”, ressaltando que somente estas fazem trabalho sério. O desprezo com que o sr. Lemos fala do outro grupo leva-me a esperar que ele nos brinde com a publicação das suas grandes e inexistentes obras de filosofia, infundindo assim alguma razão de ser no seu sentimento de superioridade ante Georg Simmel, Karl Jaspers, Benedetto Croce, Xavier Zubiri, Eric Voegelin e outros tantos incapazes de elevar-se às alturas da exatidão matemática que ele exige de um filósofo para admiti-lo entre os santos da sua devoção.

Curiosamente, ele coloca entre estes últimos o autor do Tractatus Logico-Philosophicus, Ludwig Wittgenstein, que se notabilizou pelo seu ódio insano à ciência, que ele considerava a raiz de todos os males modernos, e pela precariedade dos conhecimentos de matemática e lingüística com que se meteu a enfrentar os problemas da linguagem filosófica. Ninguém melhor que Wittgenstein se enquadra na categoria das “cigarras mágicas” que, segundo o sr. Lemos, “defenderam teorias grandiosas, capazes de explicar tudo — e por isso inspiraram uma fidelidade quase religiosa”. Nada poderia ilustrá-lo mais claramente do que a indignação histérica, intolerante, com que o próprio sr. Lemos e outros devotos reagem ante qualquer coisa que se diga contra o personagem.

Também é um tanto cômico que o sr. Lemos, após sua apologia das “formigas engenheiras” da escola analítica e similares, prodigalize elogios a Michael Dummet por haver trazido de volta “os problemas (filosóficos) realmente importantes: a natureza do ser, Deus, o livre arbítrio, as ‘leis lógicas’ do pensamento, os limites do conhecimento”. Com exceção dos dois últimos, esses foram precisamente os problemas que os analistas lógicos fizeram o possível para excluir da lista das preocupações filosóficas. Se algum mérito não se pode negar a Dummet foi justamente o de voltar o feitiço contra os feiticeiros, adaptando os métodos deles ao tratamento de questões que eles rejeitavam (ainda que não alcançasse nisso nenhum resultado espetacular).

Muito menos creio que o amor devoto às “formigas engenheiras” seja um sentimento homogêneo que se possa estender uniformemente a todas elas, como parece sugerir o sr. Lemos. Não tem cabimento, por exemplo, admirar por igual Ludwig Wittgenstein (supondo-se que seja realmente uma “formiga”) e Gottlieb Frege. Quando este tentou ler o Tractatus, confessou que não conseguia ir além das primeiras páginas, porque nada daquilo fazia o menor sentido. Se lesse um pouco mais, encontraria trechos que faziam muito sentido, já que tinham sido praticamente copiados de suas próprias obras – sem menção à fonte, como era do hábito de Wittgenstein.

Qualquer que seja o caso, o deslumbramento ante as sutilezas da lógica e especialmente da lógica matemática é, por si, prova de imaturidade filosófica. Embora algum estudo dessas disciplinas seja indispensável, a contribuição delas à grande filosofia é bem irrisória. O próprio criador da ciência lógica, Aristóteles, fez pouquíssimo uso dela em suas investigações, preferindo a confrontação dialética, tecnicamente inferior porém mais rentável como logica inventionis, “lógica da descoberta” em oposição à lógica da prova. No século XX, Arthur N. Whitehead foi autor, com Bertrand Russell, de um dos mais importantes tratados de matemática de todos os tempos. Quanto disso se reflete na sua obra filosófica máxima, Process and Reality? Quase nada. Susanne K. Langer começou a carreira escrevendo uma introdução à lógica matemática, mas alcançou o cume da sua especulação filosófica com estudos de arte e simbolismo que nada devem a isso. Ademais, como assinalou Mário Ferreira dos Santos, muitas aparentes conquistas da lógica matemática moderna já estavam formuladas – e várias delas impugnadas – nas obras dos grandes escolásticos, especialmente ibéricos. Maravilhar-se diante de Russell e Wittgenstein sem ter dedicado alguns anos à lógica medieval é uma espécie de provincianismo histórico que denota antes devoção à moda do que qualquer seriedade intelectual. Se o amor às matemáticas fosse prova de honestidade, como julga o sr. Lemos, as grandes fraudes financeiras seriam quase impossíveis.

Aliás o que me libertou da admiração juvenil às “formigas” foi o haver constatado a freqüência com que os cultores da “exatidão analítica” incorriam em bobagens pueris sempre que abandonavam o terreno seguro do formalismo lógico, acessível a qualquer nerd filosófico com algum talento matemático, e se aventuravam em questões substantivas da realidade humana e histórica, que exigem cultura, maturidade, honestidade e bom senso. Wittgenstein, sem ser doutrinariamente comunista, deixou-se hipnotizar pelo sex-appeal de Stálin ao ponto de querer emigrar para a URSS (desistindo quando a oportunidade se materializou). Bertrand Russell, que um dia propusera singelamente o bombardeio atômico preventivo da URSS, terminou seus dias como advogado dos vietcongues, passando da direita à esquerda sem nada perder da babaquice originária. Hans Reichembach foi bobo ao ponto de servir de garoto-propaganda para os ativistas estudantis da Universidade da California.

Por duas vezes a filosofia tentou transformar-se numa profissão acadêmica altamente técnica: na escolástica medieval e no meio universitário anglo-saxônico do século XX. Nos dois casos um começo promissor foi seguido de uma queda duradoura na mais acachapante esterilidade. Qual seria, então, o mérito excelso das “formigas engenheiras” se não o de parasitar o prestígio popular das ciências, fonte aliás de tantos desastres filosóficos? Sem contar o fato de que, ao menos na América, o predomínio da escola analítica nas universidades não se deveu a nenhuma superioridade intelectual, mas à politicagem pura e simples, da qual foram vítimas, entre outros, Eugen Rosenstock-Huessy, William Barrett e Richard Rorty.

Definitivamente, Harry Redner estava certo ao afirmar que o aperfeiçoamento da razão formal muitas vezes se faz em prejuízo da razão substantiva.

Mas o sr. Lemos, cuja filosofia tem a admirável qualidade de jamais ter existido, não pode ser acusado de parasitar ciência nenhuma. Nem mesmo de parasitar os parasitas. Tudo o que ele faz é macaquear-lhes a pose, acreditando que isto lhe confere autoridade para roer, de passagem, o prestígio alheio. Mais precisamente, o meu. Entre as ocupações de segunda ordem que, segundo ele, marcam os filósofos indignos de admiração, encontra-se a de “denunciar conspirações no seio do Foro de São Paulo”. Como não há na praça nenhum outro autor de livros de filosofia que tenha feito algo do gênero, é evidente que ele se refere à minha pessoa, embora, como bom poltrão que é, prefira fazê-lo por meio de uma indireta sem nome de destinatário. (Duplamente poltrão, aliás, já que, após esse sussurro de fofoqueiro, se apressou em suprimir retroativamente a menção ao Foro de São Paulo, tornando a insinuação ainda mais vaga e evanescente.)

Ao mesmo tempo, ele elogia Dummet por sua luta contra a discriminação racial, entendendo, naturalmente, que juntar mais uma voz ao coro universal da mídia, em prol de uma causa desprovida de inimigos intelectualmente significativos, é mérito superior ao de denunciar, sozinho e contra todos, a aliança de revolucionários e narcotraficantes que, sob a proteção do silêncio geral, chegou a dominar todo um continente. Nem com muita lógica matemática será possível dar algum arremedo de fundamento à hierarquia de valores aí subentendida.

Logo em seguida, ainda sem citar nomes, o sr. Lemos reincidiu no vício das intrigas de comadre. Baseado no fato de que eu mencionasse a fascinação de Wittgenstein pela ditadura estalinista e, de passagem, aludisse também à sua afeição pelas meditações budistas, disse ser altamente vergonhoso que “uma figura bem conhecida” atribuísse ao filósofo, ao mesmo tempo, convicções socialistas e budistas. Nunca afirmei que Wittgenstein fosse socialista. Mesmo que ele o fosse, não há contradição nenhuma entre socialismo e budismo, já que o próprio Dalai-Lama, vítima de perseguição comunista, se derrama em loas ao marxismo, com notável despudor. De um lado, o que eu disse foi que Wittgenstein tinha sido um entusiasta do estalinismo em particular, sem nenhum compromisso explícito com o pensamento marxista em geral. Colaborando com o sr. Lemos, um garoto intrometido veio, em mensagem ao fórum do Seminário de Filosofia, esfregar na minha cara o argumento de que Wittgenstein era tão pouco simpático ao regime soviético que chegara a recusar duas belas ofertas de emprego acadêmico na Universidade de Kazan. E, dizendo isso, brandia diante do meu nariz a biografia do filósofo por Ray Monk, livro que ele obviamente não lera, pois se o lesse saberia que o governo da URSS fizera os convites a Wittgenstein por julgar constrangedor e um tanto suspeito que o filósofo, no seu entusiasmo romântico pela sociedade soviética, se oferecesse para fazer lá humildes trabalhos voluntários, sendo este também o motivo pelo qual ele veio a recusar em seguida as ofertas lisonjeiras. Saberia também que, segundo Monk, o amor de Wittgenstein ao regime estalinista era tão intenso que não arrefeceu nem mesmo diante dos escandalosos Processos de Moscou, que provocaram a primeira onda de defecções no movimento comunista internacional. De outro lado, as analogias entre a filosofia de Wittgenstein e o zen-budismo são tão patentes que chegaram a inspirar um livro inteiro do mais famoso escritor zen-budista americano, Alan Watts (livro para o qual escrevi um prefácio, indevidamente laudatório a Wittgenstein, anos antes de o sr. Lemos ter nascido; como se vê, o wittgensteinismo é uma espécie de sarampo filosófico, ao qual eu mesmo não escapei na idade apropriada). Que há diferenças também, não é preciso dizer, já que analogia, por definição, é síntese de semelhanças e diferenças.

Por desprezíveis e covardes que sejam essas fofoquinhas, nas quais o sr. Lemos imagina ver provas de grande honestidade intelectual, elas não vieram desacompanhadas. Quase ao mesmo tempo, um colega dele, o sr. Eduardo Wolff, publicou no Facebook um post no qual informa a seus estupefatos leitores que fui “internado em manicômio, com camisa de força e tudo”. Enquanto aguardo do sr. Wolff novos e emocionantes detalhes quanto a esse capítulo desconhecido da minha biografia, pergunto-me se esses sujeitos realmente não enxergam que aquilo que fazem é apenas sintoma da miséria intelectual e moral brasileira. Será que querem mesmo arrancar suas máscaras provisórias de intelectuais respeitáveis e exibir-se ao mundo como os mexeriqueiros subginasianos que sempre foram e sempre serão?

Mas, no fundo, nada tenho contra o vício ou obsessão anti-olavista que leva tantas pessoas a dar a tapa as suas bisonhas carinhas. Com críticos desse calibre, que se desmoralizam a cada palavra que esboçam, a impressão que fica é que o Olavo de Carvalho é inatacável, lindo, um santo ou profeta iluminado no qual só loucos e idiotas poderiam enxergar alguma imperfeição. Não há dinheiro que pague o benefício imerecido que essa gente me faz. Mil puxa-sacos juntos não me elevariam a tais alturas.

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