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Desenlace espetacular ou começo da encrenca?

Olavo de Carvalho

Diário do Comércio, 3 de maio de 2011

A certidão de nascimento de Barack Hussein Obama, finalmente divulgada pela Casa Branca, resolve um problema e cria outro. O fato de que o homem nasceu no Havaí não prova que ele seja legalmente elegível para a presidência da República, pois a definição de “cidadão nativo” é “nascido em território americano, de pais americanos”, e o pai dele, nascido no Quênia, não é americano. Na melhor das hipóteses, tinha dupla cidadania, o que tornaria Obama tão inelegível quanto se nascesse ele próprio no Quênia.

Confirma-se assim a tese do senador havaiano Sam Slom – que eu mesmo defendi aqui antes dele — de que aquilo que Obama estava procurando esconder não era o seu local de nascimento, mas algum outro detalhe legal comprometedor.

A afetação de desprezo olímpico pela celeuma da certidão, que tanto Obama quanto sua guarda-de-ferro vieram exibindo desde a eclosão do debate, revela agora ter sido mesmo um puro golpe de teatro. Se Obama, possuindo sua certidão de nascimento, se recusou a exibi-la no instante em que o adversário John McCain era forçado a mostrar a sua pela pressão unânime do Congresso e da mídia (contra McCain não era feio ser um “birther”), torna-se claro que ele instilou a dúvida no público propositadamente, planejando para bem mais tarde um desenlace espetacular que desviasse as atenções do problema da nacionalidade do seu pai, detalhe que, se viesse à tona naquela ocasião, arriscaria vetar sua candidatura logo de cara. Não é coincidência que o documento tão longamente escondido aparecesse no preciso momento em que a credibilidade popular da versão oficial da história de Obama caía para 38 por cento e em que as encomendas do livro-denúncia de Jerome Corsi, “Where is the Birth Certificate?” mantinham a obra no primeiro lugar dos best-sellers por duas semanas, antes mesmo de que fosse lançada.

Publicitariamente, o golpe não foi mal planejado, mas sua eficácia jurídica é duvidosa. Em 2 de maio, o 9º. Circuito do Tribunal de Apelações vai ouvir, pela primeira vez, a argumentação oral dos queixosos num processo de inelegibilidade movido pela United States Justice Foundation, e com toda a certeza o centro dessa argumentação será o problema da nacionalidade do pai de Barack Hussein Obama. Não parece possível provar que o filho de um estrangeiro seja “cidadão nativo”, mas sempre se deve contar com a inventividade das centrais oficiais de embromação.

Durante todo o tempo dos debates, os birthers gritavam “Inelegível! Inelegível! Inelegível!”, o campo obamista respondia “Nasceu no Havaí! Nasceu no Havaí! Nasceu no Havaí!” Com o auxílio da mídia inteira, a discussão foi assim movida para o terreno mais propício a Obama, de modo que a questão do local de nascimento obscurecesse o problema essencial da inelegibilidade, que, a rigor, continuaria em pauta mesmo que Obama tivesse nascido na ponta do Obelisco de Washington D.C.

Segredos e mentiras sem fim

Olavo de Carvalho

Diário do Comércio, 4 de novembro de 2008

O juiz federal Richard Barclay Surrick rejeitou o pedido do advogado democrata Philip J. Berg para que intimasse Barack Hussein Obama a apresentar sua certidão de nascimento original. A sentença baseou-se em dois argumentos: (1) pela lei americana, nada autoriza o simples eleitor a questionar a elegibilidade de um candidato presidencial; (2) Berg peticionou como simples eleitor, não como vítima, já que não comprovou qualquer dano pessoal sofrido em razão da candidatura Obama.

A Constituição americana determina que só cidadãos americanos natos têm o direito de concorrer à presidência, mas esse permanece um direito sem garantia nenhuma: por incrível que pareça, não há nenhuma instituição incumbida de exigir prova de nacionalidade dos candidatos. Se ao simples eleitor é também negado esse direito, aquele artigo da Constituição está virtualmente revogado.

Berg anunciou que vai recorrer à Suprema Corte: “O que está em questão é saber quem tem legitimidade para impor a obediência à Constituição. Se eu não tenho, se você não tem, se o seu vizinho não tem legitimidade para questionar a elegibilidade de um indivíduo à presidência dos EUA, então quem tem? Assim qualquer um pode simplesmente se afirmar elegível para o Congresso ou para a presidência sem que ninguém possa questionar o seu estatuto legal, a sua idade ou a sua cidadania.”

Enquanto isso, todos os canais possíveis para se averiguar a nacionalidade de Obama estão meticulosamente bloqueados. A governadora do Havaí, Linda Lingle, colocou a certidão de nascimento dele sob guarda do Estado, para que ninguém tivesse acesso ao documento sem autorização do próprio Obama ou de seus familiares. O mesmo fez o governo do Quênia com todo e qualquer documento referente a Obama, logo após expulsar do território queniano o repórter Jerome Corsi que estava ali investigando as atividades do candidato em prol do genocida Raila Odinga.

Obama pessoalmente proibiu que todas as entidades detentoras de seus documentos os divulgassem sob qualquer maneira que fosse. Eis a lista dos papéis que permanecem secretos (v. NewsMax.com):

1) Registros médicos.

2) Correspondência enviada e recebida pelo seu gabinete no Senado.

3) Agenda dos encontros e demais compromissos atendidos por ele no Senado.

4) Lista dos clientes do seu escritorio de advocacia e recibos dos respectivos pagamentos.

5) Histórico escolar do Occidental College, onde ele estudou por dois anos.

6) Histórico de seus estudos na Columbia University.

7) Histórico de seus estudos na Faculdade de Direito de Harvard.

8) Sua tese de doutoramento em Columbia.

9) Seu comprovante de registro na Ordem dos Advogados de Illinois.

10) Lista dos clientes que ele representou como advogado na firma Davis, Miner, Barnhill & Gallard (solicitado a apresentá-la, Obama forneceu em vez disso a lista de todos os clientes da firma, tornando impossível saber quais ele representava pessoalmente).

11) Lista das contribuições de menos de duzentos dólares oferecidas à sua campanha (essas contribuições somam mais de 63 milhões de dólares e, segundo repórteres que puderam espiar por instantes algumas páginas da lista no escritório de Obama, incluem doadores como Fred Simpson, Mickey Mouse e Family Guy).

12) Certidão de nascimento original ou cópia autenticada.

Não é preciso dizer que nenhum outro candidato presidencial jamais negou ao público os documentos equivalentes. O bloqueio torna-se ainda mais suspeito porque vários pontos essenciais da biografia de Obama estão cheios de contradições.

1) Sua avó paterna assegura que estava presente na sala de parto quando ele nasceu num hospital em Mombasa, Quênia. Ele assegura que nasceu em Honolulu, Havaí, mas ele e sua irmã dão os nomes de dois hospitais diferentes onde isso teria acontecido.

2) Ele viajou para o Paquistão quando a entrada de americanos era proibida nesse país. Usou portanto um passaporte estrangeiro, quase certamente o da Indonésia, onde ele viveu e estudou numa época em que, estando o país em guerra, só crianças de nacionalidade indonésia eram aceitas nas escolas. Mais ainda, a lei indonésia não aceitava dupla nacionalidade, de modo que para Obama tornar-se cidadão indonésio ele teve de renunciar (por meio de seu pai) à nacionalidade americana, só podendo portanto voltar aos EUA como imigrante.

3) Obama afirmou várias vezes que jamais pertencera a um partido socialista. Os documentos do New Party provam que ele mentiu (v. AmericanThinker.com).

4) Obama disse que não tinha qualquer ligação com a Acorn, ONG responsável pela maior derrama de títulos de eleitor falsos já ocorrida nos EUA. Documentos e vídeos da Acorn provam que ele mentiu (v. NationalReview.com,www.youtube.com/watch?v=8vJcVgJhNaU e www.youtube.com/watch?v=7NmaZIdz6Vo).

5) Obama disse que não tivera nenhuma conexão política com o terrorista William Ayers. Documentos liberados pela Universidade de Illinois provam que ambos trabalharam juntos em projetos destinados a subsidiar organizações esquerdistas (v. MichelleMalkin.com).

6) Ele disse que jamais soubera das idéias políticas do pastor Jeremiah Wright, mas como é possível ouvir todas as semanas durante vinte anos as pregações de um pastor que praticamente só fala de política, sem ficar sabendo do que ele pensa a respeito?

Além das mentiras patentes, há os fatos nebulosos e mal explicados. Como Obama conseguiu viajar para o Paquistão quando a entrada de americanos era proibida no país? Por que ele jamais contou que é primo de Raila Odinga nem admite divulgar os documentos das atividades que desempenhou em favor desse assassino? Por que o agitador racista Khalid al-Mansour pagou os estudos de Obama em Harvard? Como pode Obama afirmar que não foi educado numa família muçulmana, se os documentos mostram que até numa escola católica, na Indonésia, ele se registrou como muçulmano? Por que, ao saber que alguém abrira um processo no Havaí solicitando a divulgação da sua certidão de nascimento, Obama repentinamente se lembrou de que sua avó estava doente em Honolulu – uma semana depois de ela ter saído do hospital – e, correndo para visitá-la sob a alegação de que talvez fosse sua última oportunidade de encontrá-la com vida, não levou junto a mulher e os filhos mas uma equipe de advogados?

Para completar, há uma quantidade estonteante de pequenas mentiras, todas proferidas com aquela desenvoltura que, nos mitômanos, substitui a sinceridade, às vezes com vantagem: a história do tio que libertou os prisioneiros de Auschwitz (as tropas americanas nunca entraram lá), o pai pastor de cabras (só se as criou no escritório onde trabalhava), a balela de que jamais aceitou contribuições de companhias de petróleo (esqueceu a Exxon e a Shell), a conversa mole de que foi membro do Comitê de Bancos do Senado (jamais esteve lá), etc. etc. A coisa não tem mais fim. É alucinante (v. http://theobamafile.com/ObamaLies.htm).

São só alguns exemplos, colhidos a esmo entre centenas. Nenhum desses fatos foi jamais eficazmente contestado, nem as perguntas daí decorrentes respondidas por quem quer que fosse. No entanto, qualquer dúvida quanto à nacionalidade de Obama ou à autenticidade da sua biografia de campanha é instantaneamente rotulada de “teoria da conspiração” e impugnada como absurda pela grande mídia em peso, como se esta mesma não ignorasse as respostas tanto quanto as ignora o resto da população.

Jamais, na história americana, um candidato presidencial com uma conduta tão nebulosa, extravagante e suspeita teve segredos tão bem guardados quanto os de Barack Obama, nem tanta gente importante empenhada em resguardar seu direito de guardá-los. A privacidade de Obama – a privacidade de um homem público – está acima da própria Constituição americana. Acreditar em Obama sem provas tornou-se obrigação incontornável, e questionar essa obrigação é sinal de racismo.

Tal como no Brasil uma gigantesca operação-sumiço elegeu e reelegeu Lula impedindo que a população soubesse de suas atividades no Foro de São Paulo, um esquema de ocultação mais vasto ainda foi montado para eleger Barack Obama. Com notável hipocrisia os esquerdistas de ambos os países clamam contra a “crescente concentração da mídia”, na verdade uma bênção para eles, sem qual jamais teriam podido bloquear o acesso às notícias que vão contra o seu interesse.

No caso de Obama, o quadro da mais notável fraude eleitoral de todos os tempos é completado pela chantagem racial, pela distribuição maciça de títulos de eleitor falsos e pelo uso generalizado da intimidação e da agressão moral e física que transforma esta eleição americana numa palhaçada de Terceiro Mundo (vejam: TimesOnline, Breitbart.tv, HeraldOnline.com,InYork e WorldNetDaily.com).

Um patife notável

Olavo de Carvalho

Jornal do Brasil, 16 de outubro de 2008

Como John McCain andasse falando da ligação entre Barack Obama e o terrorista William Ayers, foi imediatamente acusado pela grande mídia de instigar ódio ao candidato democrata e até de expor o pobrezinho a risco de assassinato.

Mas o verdadeiro pecado de McCain é o de ater-se a esse episódio menor e omitir os pontos altos da carreira de um dos patifes mais notáveis de todos os tempos:

1. Os estudos de Obama em Harvard foram pagos por Khalid al-Mansur, agitador racista que prometeu aos brancos americanos “o maior banho de sangue de toda a História” e é representante nos EUA do príncipe saudita Alwaleed bin Talal, que celebrou o 11 de setembro como castigo divino (www.newsmax.com/timmerman/obama_harvard_/2008/09/23/133199.html).

2. Obama, embora o negue com veemência, foi comprovadamente instrutor de ativistas na Association of Community Organizations for Reform Now (Acorn). A principal atividade da Acorn era intimidar bancos para forçá-los a dar empréstimos a seus militantes, em geral insolventes, plantando assim as sementes da crise bancária que eclodiu semanas atrás. A Acorn retribuiu os serviços prestados, distribuindo milhares de títulos de eleitor falsos para fortalecer a votação de Obama (v. www.clevelandleader.com/node/7203, www.lvrj.com/news/30613864.html e http://news.yahoo.com/s/ap/20081009/ap_on_el_ge/voter_fraud).

3. Várias vezes a presidência da República pediu ao Congresso uma lei que parasse a farra dos empréstimos na empresa Fannie Mae. Obama foi contra e já recebeu mais de cem mil dólares de contribuições de Fannie Mae, cujo executivo Franklin Raines, demitido por desvio de verbas, é hoje seu assessor econômico (v. http://nmorton.wordpress.com/2008/09/16/barack-obama-fannie-mae-lobbyists-second-favorite-senator). O deputado obamista Harry Reid diz que mencionar esses fatos é racismo.

4. Entre 2006 e 2007, Obama fez campanha, nos EUA e no Quênia, em favor do candidato presidencial queniano Raila Odinga, e continuou a apoiá-lo mesmo depois que Odinga, derrotado, mandou matar mil de seus adversários e queimar oitocentas igrejas cristãs, pelo menos uma com gente dentro. A sangueira só estancou depois que um acordo nomeou Odinga primeiro-ministro. O repórter do WorldNetDaily, Jerome Corsi, enviado ao Quênia para estudar o episódio, foi preso pela polícia local e forçado a voltar aos EUA (v. www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=77877). Qualquer semelhança com operação-abafa é mera coincidência.

5. A campanha obamista já recebeu mais de três milhões de dólares em contribuições ilegais do exterior (v. http://apnews.myway.com/article/20081008/D93M0K5G0.html). Enquanto McCain publica meticulosamente todas as quantias recebidas, seu adversário não publica nada, nem uma linha.

6. Mas a maior fraude de Obama talvez seja a sua candidatura mesma, que já recolheu 450 milhões de dólares em contribuições, um recorde histórico. Intimado pelo advogado Philip Berg a mostrar o original da sua certidão de nascimento para provar que é cidadão nativo dos EUA (condição sine qua nonpara poder candidatar-se à presidência), Obama, por duas vezes, preferiu esquivar-se mediante complexos artifícios jurídicos, confirmando indiretamente a suspeita de que não tem mesmo o documento. Para piorar as coisas, o candidato também se omite de mostrar seus registros médicos e seu histórico escolar, enquanto McCain fornece na hora todos os documentos solicitados. Berg, que tem 31 anos de militância democrata e já foi procurador do Estado da Pensilvânia, assegura que a cópia eletrônica da certidão de Obama, reproduzida no site oficial da campanha, é falsa (e aliás parece mesmo). A avó do candidato assegura que ele não nasceu no Havaí como diz, e sim no Quênia, onde ela mora. Vejam tudo na página de Berg, www.obamacrimes.com: 25 milhões de pessoas já viram, e mais dia menos dia o escândalo, trabalhosamente abafado até agora, vai estourar.

Vocês não leram nada disso na Folha, no Estadão e no Globo? Eu também não.

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