Quando recebi da universidade de El-Azhar e do governo da Arábia Saudita o prêmio pelo meu estudo sobre a interpretação simbólica de certas passagens do Corão, as autoridades islâmicas me informaram que, embora o livro fosse o melhor dentre os apresentados para o concurso, NÃO PODERIAM PUBLICÁ-LO PORQUE NÃO ERA UM LIVRO ISLÂMICO, NÃO FALAVA EM NOME DA CRENÇA ISLÂMICA. Como compensação, ofereceram dobrar o prêmio em dinheiro, o que eu, então numa pindaíba dos diabos, aceitei prontamente. Agora me digam: que caralho de muçulmano é esse que, escrevendo para um público de teólogos islâmicos, tem a cara de pau de lhes entregar um livro não islâmico?
Se essa tagarela assanhada acusava até o João Paulo II de ser agente de Satanás, que é que ela não vai dizer de mim? Portanto, a solução é: Vá cagar no mato.
TODA religião, se o é de verdade (o que não se aplica necessariamente a tudo o que leva esse nome), tem algum elemento genuinamente sobrenatural na sua raiz. Se o expressa com fidedignidade ou se o mistura com o preternatural é outro problema, que posso discutir e já discuti muito com estudiosos do assunto e não vou discutir com uma macaca palpiteira que nem entende essa distinção elementar.