A eficiência e a funcionalidade, em que se sustenta a moral burguesa, não são valores supremos, na verdade não são propriamente valores, mas apenas critérios da viabilidade prática de quaisquer valores. Mas justamente isso lhes dá uma justificação absoluta superior à idéia mesma de “valor”. Pois eficiência e funcionalidade nada mais são do que possibilidade de realização, e um desejo ou aspiração impossível de realizar não chega sequer a ser um valor prático ou teórico, é apenas uma idéia.
Querer sobrepor ideais sublimes irrealizáveis aos ideais realizáveis mais modestos é destruir o senso de realidade e instaurar o reino da mentira, portanto a dissolução de todos os valores.O Zaratustra de Nietzsche não é superior a nada, é apenas uma fantasia nascida da impotência.
Por isso noventa por cento da crítica ao “mundo burguês” são apenas esperneios inócuos, filhos da vaidade.

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