Leituras

Convite à falsificação (II) Uma erótica e ensolarada caverna

Gonçalo Armijos Palácios


Opção (Goiânia), 18 de novembro de 2001

Pode parecer estranho, mas é isso mesmo. Vamos falar de uma caverna em que brilha (mas não queima) a luz do Sol e dentro da qual, presos por grilhões, uns homens se reproduzem sem o auxílio das mulheres. Nesta caverna, quem entra sai e quem sai se adentra. Estes milagres, e outros mais portentosos que o da multiplicação dos pães, encontramos na ‘leitura’ que a Dra. Marilena Chaui faz de Platão e que reproduz no seu alucinante Convite à filosofia (São Paulo : Ática, 1995). A Dra. Chaui explica o mito já na Unidade 1, Capítulo 3.

Contemos a história como ela foi narrada pelo seu autor. Na República (Livro VII), Platão pretende exemplificar nossa condição no que diz respeito ao conhecimento. No diálogo, Sócrates pede a Glauco imaginar uma caverna subterrânea. “Estão lá dentro desde a infância”, diz, uns homens acorrentados de pernas e pescoços, “de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente”, para o fundo da caverna, sem poder olhar uns para os outros. A iluminação, diz Sócrates, provém “de um fogo que se queima ao longe, numa eminência, por detrás deles”. Entre o fogo e os prisioneiros há um caminho “ao longo do qual se construiu um pequeno muro”. Por esse caminho passam “homens que transportam toda espécie de objetos… estatuetas de homens e de animais, de pedra e de madeira (…) dos que os transportam, uns falam, outros permanecem calados”. Pois bem, o único que estes homens acorrentados poderão observar é as sombras dos objetos projetadas no fundo da caverna. Como os homens que passam pelo muro, atrás deles, falam entre si, ouvirão os ecos que chegam a eles do fundo da caverna, atribuindo a origem dos sons às próprias sombras. “De qualquer forma” – afirma Sócrates -, “pessoas nessas condições não pensavam que a realidade fosse senão a sombra dos objetos.”

Essa é a caverna e os prisioneiros como Platão os descreve. Agora vejamos a mesma explicação na versão erótico-tropical da Dra. Marilena Chaui: “Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração [!!] seres humanos estão aprisionados.” (p. 40) Geração após geração!!?? É essa uma ‘informação’ adicional interessantíssima. Porque, se estão acorrentados e não podem mexer a cabeça nem as pernas, como será que conseguem mexer outros órgãos para conseguir reproduzir, não uma, mas várias gerações? Enquanto os prisioneiros de Platão estavam ali desde sua infância, os da Dra. Chaui conseguem, imóveis, produzir várias e várias gerações! Como dizia no início, isso é mais portentoso que o milagre da reprodução dos pães. Mas vamos deixar isso. Enquanto a fogueira de Platão está, e só podia estar, dentro da caverna para projetar sombras no fundo dela, a fogueira da Dra. Chaui está na parte de fora! Pois, segundo ela, há uma abertura que permite a luz de fora iluminar lá dentro. Diz ela: “A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obcuridade, enxergar o que se passa no interior.” Ora, se a luz penetra na caverna, para que precisaria Platão daquela fogueira dentro da caverna? Para a Dra. Chaui, a luz que penetra é da fogueira que está na parte de fora! Difícil de acreditar? Pois segurem seus queixos: “A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa“! (Meu grifo) Será que a Dra. Chaui usou a palavra equivocada? Não, ela insiste em que a fogueira é exterior e o diz no próximo período: “Entre ela e os prisioneiros – no exterior portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta…” (Meu grifo) Aqui acabamos de ser informados que também a mureta está na parte exterior da caverna. Como pode uma fogueira exterior a uma caverna subterrânea produzir, no fundo dessa caverna, as sombras dos objetos que estão dentro da caverna? Esse talvez seja um desses mistérios que só no além poderemos compreender… Se a fogueira está na parte de fora e a caverna é subterrânea, isto é, não está no mesmo nível que as coisas fora da caverna, a luz da fogueira só poderia produzir as tais sombras se percorresse o espaço, contra todas as leis conhecidas, descrevendo ângulos retos, obtusos ou agudos…

Que a tal fogueira se encontra fora da caverna, contrariamente ao que o próprio Sócrates afirma, é dito pela Dra. Chaui com todas as letras e em mais de uma oportunidade. Numa parte da sua intervenção, Sócrates pergunta que aconteceria se libertássemos um desses prisioneiros, o transportássemos para onde está o fogo e, depois, para fora da caverna, para onde está o Sol: “Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objeto cujas sombras via outrora.” (515c) “Portanto, se alguém o forçasse a olhar para a própria luz, doer-lhe-iam os olhos e voltar-se-ia, para buscar refúgio junto dos objetos para os quais podia olhar…” Não cabe dúvida de que é a fogueira o que o prisioneiro vê primeiro pois só olhando primeiro para a fogueira poderia depois, ao sair da caverna, ver a luz do Sol: “E se o arrancassem dali à força e o fizessem subir o caminho rude e íngreme – diz Sócrates -, e não o deixassem fugir antes de o arrastarem até à luz do Sol, não seria natural que ele se doesse e agastasse…?” (515e-516a) Aquele prisioneiro que fosse forçado a sair da caverna, só depois de muito tempo, depois aliás de passar uma noite inteira, poderia, o dia seguinte, se acostumar com a luz do Sol e enxergar o próprio Sol. Vejamos: “Precisava de se habituar, julgo eu, se quisesse ver o mundo superior. Em primeiro lugar, olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos outros objetos, refletidas na água, e, por último, para os próprios objetos. A partir de então – continua Sócrates -, seria capaz de contemplar o que há no céu, e o próprio céu, durante a noite, olhando para a luz das estrelas e da Lua, mais facilmente do que se fosse o Sol e o seu brilho de dia. (…) Finalmente, julgo eu, seria capaz de olhar para o Sol e de o contemplar…” (516a-b) (Meus grifos) Segundo a Dra. Chaui, as coisas se passam de outro modo. Uma vez libertado, seu prisioneiro já enxerga a fogueira que é o próprio Sol: “Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a própria luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela.” Temos, então, esta sui generis alternativa: ou Sol está lá dentro, por ser a própria fogueira, ou a fogueira está de fora, por ser o próprio Sol!

O mito da caverna é, sem dúvida, a passagem mais reproduzida e explicada em toda a história da filosofia. Não há aluno nessa área que não tenha sido obrigado a ler ou a escutar uma aula sobre o que Platão quer dizer com ele. Como o próprio leitor pode notar, não há nenhuma dificuldade em compreender o que Platão diz nem em visualizar o interior da tal caverna, o fogo, o caminho, o muro e, do outro lado do muro, acorrentados e olhando para o fundo da caverna, os prisioneiros. Como é possível afirmar que a fogueira é o próprio Sol? Que espécie de sortilégio faz aparecer gerações de prisioneiros? Por geração espontânea talvez? Será que os alunos do Departamento de Filosofia da prestigiosa Universidade de São Paulo são expostos unicamente a esta versão esdrúxula de uma das passagens mais conhecidas e menos problemáticas do pensamento ocidental? A resposta é “não”. Depois veremos que, nas mãos da autora de Convite à filosofia, o heliocentrista e copernicano Kant se torna – mais um milagre – ptolemaico e geocentrista, isto é, sua mesmíssima antítese.

Se tudo isso é um convite à filosofia e ao templo do saber, Deus livre os jovens de seus anfitriões!

Gonçalo Armijos Palácios é Doutor em filosofia, autor do livro “De Como Fazer Filosofia Sem Ser Grego, Estar Morto ou Ser Gênio” (veja www.multimania.com/palavracesa/goncalo.htm) e professor da Universidade Federal de Goiás)

PUC vira madrassa

Janer Cristaldo


Baguete Diário, 17 de novembro de 2001

Entre as muitas anomalias da universidade brasileira, estão os mestrandos quarentões. Aquela iniciação à pesquisa, pela qual o candidato deveria optar tão logo terminasse o curso superior, é adiada para uma idade em que do acadêmico já se espera obra consolidada. Pior mesmo, só os doutorados de terceira idade. Marmanjos de cinqüenta e mais anos, em idade de aposentar-se, postulando um título que só vai servir para pendurar junto com as chuteiras.

Estas pós-graduações temporãs são mais umas das tantas “coisas nossas”. Como a jabuticaba, só existem no Brasil. Estudei em três universidades de três países no Exterior, e jamais vi – pelo menos em minhas cercanias – vetustos adquirindo formação própria de jovens. Mestrado não é para carecas. Já um doutorando, este deveria defender sua tese no máximo aos trinta e poucos, para que sua experiência em pesquisa possa ser útil ao ensino e à sociedade. Que mais não seja, é patético ver um homem já maduro humilhando-se, ao tentar iniciar-se em metodologias que devia desde jovem dominar. Na universidade brasileira, o doutorado nem sempre é visto como início de uma carreira, mas como louro a coroar a calva do acadêmico quando este está prestes a usar pijamas. Quem paga tais vaidades senis? Como sempre, o contribuinte.

Mês passado, um fato insólito perturbou o mundo acadêmico. Francisco Wanderley Rohrer, 47 anos, tentou apresentar – pela quarta vez – sua tese de mestrado, A Identidade do Policial Militar Comunitário: Metamorfose e Emancipação, a uma banca da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tentou, apenas. Pois foi impedido por um tal de Comitê da PUC de Ação Global contra o Capitalismo, onde se abrigam os derrotados do século. (Depois da Queda do Muro, das prestigiosas bandeiras socialistas só restou um antiamericanismo pueril). Os universitários, além de insultá-lo, jogaram-lhe uma torta na cabeça. Mas os jovens acadêmicos não estavam protestando contra a idade provecta do candidato. Protestavam porque Rohrer era capitão da Polícia Militar e, nesta condição, teria comandado uma tropa chamada a “reprimir” protesto antiglobalização na Avenida Paulista, em abril passado.
Rohrer nega ter comandado qualquer tropa na ocasião. E, se a comandasse, nada mais faria senão cumprir seu ofício, a manutenção da ordem, que a imprensa convencionou chamar de repressão. Os meninos da PUC paulista são incondicionais defensores dos Direitos Humanos, sempre prontos a denunciar qualquer indício de discriminação ou preconceito. Mas não aceitam que um policial militar exerça seu direito de defender uma tese na universidade que está cursando normalmente. Tentam fazer da PUC uma madrassa, onde todo seminarista deve seguir os mesmos dogmas.

Capitão não pode. A menos que fosse, por exemplo, um capitão Lamarca, terrorista em prosa e filme cantado, que assassinou friamente um colega de armas indefeso e hoje é matéria de muitos currículos. Enfim, a reação dos taleban da PUC não é incompatível com uma universidade que tem como chanceler um cardeal que apóia a ditadura de Castro. Em 89 o cardeal Evaristo Arns via em Cuba “um exemplo de justiça social. A fé cristã descobre nas conquistas da Revolução, os sinais do Reino de Deus que se manifestam em nossos corações e nas estruturas que permitem fazer da convivência política uma obra de amor”.

Quem vê sinais de amor numa tirania que fuzilou 17 mil cubanos e levou um país à miséria é chanceler da PUC. Um oficial da PM que quer fazer uma reflexão sobre seu ofício, recebe tortas na cara. Enfim, nada incoerente com a universidade tupiniquim. Fidel Ruz Castro é Dr. Honoris Causa pela Universidade Federal de Santa Catarina. E esta é nossa trágica realidade.
Desde os primórdios da USP, centro irradiador do marxismo no país, a universidade tem sido a vanguarda do obscurantismo tupiniquim. Seus cursos de humanidades, em vez de centros de elaboração de cultura, viraram laboratórios de utopias desvairadas. É graças aos acadêmicos que o país todo está contaminado de marxismo, castrismo, maoísmo. E isto vem de longe.

“Nos anos 50, dourados segundo alguns – escreve o ensaísta José Arthur Rios, em Raízes do Marxismo Universitário – a instituição universitária entrou em cheio na polêmica do desenvolvimento, virou presa fácil dos ideólogos de Esquerda. (…) Foi então que espíritos ardentes descobriram a luta de classes dentro do campus, sua submissão ao capital estrangeiro e aos agentes do Imperialismo. A Academia seria, ela própria, agente de alienação. E confundia-se espírito crítico com politização. Esses chavões marxistas não eram brandidos apenas por estudantes incipientes, mas por professores que não se pejavam de tentar coagir ou intimidar colegas quando esposavam pontos de vista contrários”.

Ainda segundo Arthur Rios, os anos 70 viram a tranqüila ocupação da Universidade brasileira por esse marxismo faccioso. “A penetração marxista em nosso ensino universitário deixou marcas indeléveis. (…) Persiste, sob a fachada da democracia liberal ou debaixo das tênues maquilagens do socialismo caboclo – nas invasões de propriedades, nas ocupações de gabinetes de Reitores e Ministros; no sindicalismo tumultuário que não mais se limita a reivindicações de classe, mas se arroga o direito de mudar o regime político e exigir a renúncia do Presidente, em marchas e demonstrações de cunho fascista; no convívio fronteiriço com movimentos subversivos tais como o Sendero Luminoso, a guerrilha e o narcotráfico colombiano; na ternura com que acolhe o ditador cubano”.

E nisto estamos. Uma década depois da Queda do Muro e do desmoronamento da URSS, a elite intelectual deste país que se pretende moderno reivindica uma filosofia assassina do século XIX. Professores que fizeram suas carreiras sentados em cima do marxismo jamais irão jogar no lixo seus livros e papers. Por um movimento de inércia, repassam às novas gerações suas ideologias obsoletas e temos então os taleban da PUC censurando uma defesa de tese só porque o candidato é policial.

E não faltam castas alminhas que ainda acham que o marxismo já morreu. Morreu lá na Europa. Cá nas terras de Cabral, continua vivo e vibrante.

 

E mais cartas à Época

Olavo de Carvalho
 

16 de novembro de 2001

Estas são algumas das cartas enviadas à revista Época durante a semana passada. Não requerem o mínimo comentário, mas agradeço de coração a todos os remetentes. – O. de C.

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Olavo,
Sou teu leitor e acompanho teus artigos onde quer que estejam inseridos e, até ontem na ÉPOCA. Soube da “redução, corte” que foi imposto pelos editores da revista. 
Faz um favor para tí e para todos nós: sai por inteiro. Hoje reduzem teu espaço, amanhã reduzirão teu texto e censurarão tuas idéias.
Revistas que agem assim só serão lidas em salas de espera de consultórios médicos.

Vai firme.

Abraços

Antonio Franzoso
amcf@franzoso.com.br 

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Prezados Diretor Geral e Diretor de Redação:
Gostaria de protestar contra a diminuição do espaço concedido ao professor Olavo de Carvalho na revista Época.
Não sei quais critérios ordenaram esta medida.
O professor Olavo é hoje o nosso mais agudo crítico das esquerdas no nosso país e, também, um intelectual de formação como há muito não se via. Sendo o mais leonardesco dos nossos críticos, escreve com o brilhantismo de Otto Maria Carpeaux; tem o polemismo de Paulo Francis; e, faz na filosofia o que Freire nos legou na sociologia: uma nova visão sobre a sociedade brasileira. 
O seu estilo feroz no combate ao esquerdismo – quando o professor dá lugar ao combatente político-, faz, com certeza, muitos inimigos, mas a intensidade de suas manifestações somente reflete a angústia de alguém que percebe os tempos difíceis que estamos vivendo. O incômodo que causa é derivado do fato de nos apresentar de maneira crua o nosso retrato. E não há nada mais duro do que conhecer-se a si mesmo, seja como indíviduos ou como sociedade.
Por isto, sejam quais forem as razões dos senhores para reduzir o espaço do professor Olavo lhes peço que reconsiderem sob pena de estarmos perdendo a oportunidade de divulgar as idéias de um dos mais inteligentes brasileiros dos últimos 50 anos.

Atenciosamente,
Júlio Francisco Gregory Brunet
Economista
rs002301@pro.via-rs.com.br

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Prezado Sr.,
É absurdo e lamentável o seu posicionamento crítico diante das barbáries que estes amantes da ditadura, estes golpistas travestidos de socialistas libertários, esta imundície que assola meu Estado (MEU ESTADO, o RS, não destes fascistas), caçando jornalistas e pregando a censura.
Ísso mesmo, falo do PT. 
E sua empresa restringe o pensamento de Olavo de Carvalho para dar lugar massivo à Maria da Conceição Aquino, uma adoradora da ditadura petista. Por que não espaços iguais???
Desculpe, esqueci que para vocês, os radicais, a igualdade é só para os seus….

sds

Marcelo Fischer Voiciechovski
Indignado com a podridão petista.
marcelo@goldrs.com.br 
PS: Antes que venham me acusar de defensor da direita, quero esclarecer, fui militante petista desde meus 14 anos, de usar estrelinha na lapela, nos corredores da empresa onde trabalhei, a RBS. Conhecem? Então não me venham com esse papo furado de que eu não conheço do que falo.

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Prezados Srs:
Sirvo-me do presente para manifestar minha inconformação e indignação pela substituição da coluna semanal do Filósofo Olavo de Carvalho.
É visível a postura política atrofiada do novo diretor de redação da revista, retirando a coluna de Olavo de Carvalho entregando à Sra. Maria C. Aquino tão logo tenha assumido.
É gritante o antagonismo de idéias dessa senhora comparado ao estilo do filósofo. 
Entendo que a direção da revista tem todo o direito de modificar o quadro de pessoal, colaboradores, matérias, estilo, layout e tudo o mais que achar necessário à melhora da publicação, eu como leitor, sinto-me no direito de lembrá-los de uma antiga teoria física: para cada ação existe uma reação. 
Manifesto minha contrariedade às novas diretrizes da Época e informo também que, por conta disso acabo de solicitar o cancelamento definitivo de minha assinatura.

Atenciosamente.
Gabriel Rocha Cunha
grc.seal@terra.com.br

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Prezado Olavo de Carvalho
Lendo a coluna do jornalista Diego Casagrande fiquei sabendo do que lhe aconteceu na revista época. Antes de tudo gostaria de salientar que admiro muito sua cultura e determinação na defesa pela democracia e pela liberdade individual. Tive o grato prazer de acompanhar sua explanação no evento Jovens Talentos da Liberdade, organizado pelo Deputado Onyx Lorenzoni em Porto Alegre, o qual represento como assessor parlamentar em eventos da juventude gaúcha, e que muito apreciei suas palavras. também acompanho seu trabalho nos jornais e coluna virtual. 
O que desejo é manifestar minha consideração em relação ao grande homem que é o senhor. Tenho certeza que não será um episódio ridículo e característico dos nossos amigos “vermelinhos” que irá lhe abalar. 
Muita força e um grande abraço.

Francisco de Assis Ferrugem de Blanco
tem 20 anos de idade e seu desejo de mudança acompanha o trabalho de Olavo de Carvalho. 
francisco.blanco@al.rs.gov.br

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Prezado Editor,
Ao ler na “Época” outro artigo da mais nova “libélula” da USP, Maria Aparecida de Aquino (19/11), sem saber quando Olavo vai retornar, tomei uma decisão: doravante, passarei a comprar a revista na banca somente depois de folhear e constatar lá dentro o artigo de Olavo.

Por quê? O resto de “Época”, para mim, sempre foi “tudo japonês”.

Cordialmente,

Félix Maier
ttacitus@hotmail.com

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Prezados Editores e Jornalistas de Época:
A suposta legítima intenção do novo editor dessa revista semanal de diversificar o conteúdo da página de Opinião dando-lhe outras assinaturas que não apenas a do filósofo Olavo de Carvalho vem sendo severamente desmascarada e da maneira mais veloz possível. Em apenas três semanas, ficou muito claro qual era o verdadeiro desejo do editor: calar Olavo de Carvalho e em troca enfiar goela abaixo dos seus leitores a sra. Aquino e seus amigos, gente bem mais dócil e de perfil ideológico condizente com o establishment da mídia deste país. Mas o mais grave não foi ter desmascarado o novo editor de Época, fato que está fora do rol das descobertas surpreendentes. O mais grave, repito, foi a revista Época ter-se nivelado às demais publicações de quem acredita diferenciar-se editorialmente. Sem Olavo de Carvalho, Época volta ao lugar-comum e perde um dos seus principais trunfos que era justamente o de mantê-lo em suas páginas semanalmente. Minha assinatura eu já cancelei (cod. 44065229). Era o mínimo e o mais coerente a fazer.

Respeitosamente,

Sandro Guidalli
Rio de Janeiro-RJ
guidalli@terra.com.br

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Prezado Sr. Marcos,
Sirvo-me da presente mensagem para repudiar de forma veemente o afastamento da coluna semanal do Sr. Olavo de Carvalho das edições da revista Época.
Acredito que esta decisão tenha sido tomada pelo fato que – ao residir fora de Porto Alegre -o senhor tenha esquecido o que a “esquerda podre” tem feito em nosso Estado, e planeja fazer em nosso país.
Somente assinei a revista pelo motivo de ter ela ao menos 1 (UMA!) voz distoante daquelas dominantes em toda a imprensa nacional. Substituir esta coluna tão “impar” por mais uma daquelas iguais às publicadas diariamente na Folha, ou semanalmente na Veja ou na Isto É, acaba por destruir tudo aquilo que eu mais admirava nesta publicação. Tendo em vista o ocorrido, lhe afirmo que não renovarei minha assinatura em hipótese alguma.

Atenciosamente,
Eduardo Knijnik
Advogado
eknijnik@iab.com.br

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Prezado Olavo de Carvalho
Tomo a liberdade de escrever-lhe para que saibas o tamanho de minha insatisfação quando soube da notícia de que tua coluna semanal na revista Época passaria a ser mensal e que, para piorar, colocaram nas páginas que eram tuas uma senhorar daquelas, que chegamos a ter pena.
Uma das coisas que me fazia assinar a dita revista, certamente, era a possibilidade de ler uma opinião honesta e que buscava mostrar a verdadeira face da esquerda nacional, o seu lado negro, de apoio ao terrorismo, de estreita ligação com os mais ferozes traficantes, comunistas, sandinista e todos os “istas” mais imagináveis.
Entretanto, caro Olavo, te envio um verso muito lembrado por nós, gaúchos, e que deve ser levado à risca nesse momento:

“Não podemos se entregar “pros” homens, de jeito nenhum, amigo e companheiro.
Não tá morto, quem luta, quem peleia, pois lutar é a marca do campeiro.”

Espero continuar a ler tuas colunas em outros jornais, na internet e em revistas mais gabaritadas que a Época, que está perdendo um assinante.
Peço-te um favor:
Continues na luta para que fiquemos sabendo das verdadeiras intenções dos esquerdistas nacionais.
Continues nos iluminando com a sabedoria e com as verdades que escreves em
tuas colunas.
A luta está apenas começando, ainda mais que temos o “sapo barbudo” liderando as pesquisas para a sucessão presidencial do ano que está chegando.
Saudações liberais e honestas de um admirador de teu trabalho intelectual.

Pedro Barth Morè
Advogado
Porto Alegre – RS
barthmore@hotmail.com
pmore@iab.com.br

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Prezado Diretor de Redação da Revista Época;
Restringir a publicação da coluna do brilhante Olavo de Carvalho, bem como publicar seguidas colunas da Sra. Maria Conceição Aquino, me obrigou a voltar a assinar a Revista Veja. É de lamentar-se, pois este órgão de imprensa sempre primou por uma postura democrática.

Atenciosamente.
Gilson Hermann Kroeff
Advogado
Porto Alegre/RS
gkroeff@terra.com.br

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Caro Marcos Dvoskin:
Sou leitor da revista e gostaria de saber os motivos que levaram esta direção a reduzir o espaço do colunista Olavo de Carvalho, assim como substituí-lo pela Maria da Conceição Aquino, notória esquerdista, com um desequilíbrio quantitativo nas edições favorável a esta, além de um qualitativo altamente tendencioso e sectário. Que lastima!. Será que a Editora Globo e a Revista Época começam a perder sua independência por dinheiro, a exemplo do que acontece aqui no Rio Grande do Sul?. Esta situação envergonha a história e a credibilidade da Revista. Acabam de perder um leitor .

Cordialmente.
João Luiz dos Santos Moreira
joao.moreira@terra.com.br

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Bom Dia Sr. Olavo.
Sou sua admiradora e sempre que possível leio-o onde o encontro, (Zero Hora, revistas). É lamentável a atitude da Revista Época, mas com certeza o futuro dessa atitude é pequeno e curto pois já não existe mais espaço para esse tipo de coisa.
Continuarei a lê-lo sempre, pois é onde encontro guarida para minhas inquietações.

Saudações.
Cleuza Kollet
Porto Alegre – RS.
piffero@procergs.rs.gov.br

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Olavo,
Passei mensagem ao Dvoskin. Deixei de ler Época. Acho que a revista poderia perfeitamente manter ponto e contraponto, mas preferiu render-se a essa vagabundagem da esquerdalha pátria.

Abraços do amigo
Polibio Braga
polibiob@ig.com.br

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Prezados Senhores:
É com preocupação e repugnância que assisto uma revista do pretígio da Época, restringir a veiculação dos artigos do professor Olavo de Carvalho.
Com esta atitude ficam confirmadas as assertivas do prof. Olavo de que a imprensa brasileira é majoritariamente esquerdista e tem como seus ídolos os Fidel Castro, Che Guevara e outros canalhas assassinos, vivos ou mortos, deste planeta.
Não é possível que restrinjam a – talvez – única voz que mostra os perigos que o avanço dos comunistas do PT representa para o Brasil.
Não é possível que declarações do Lula, que se diz um apaixonado pela revolução cubana e que aquele país vive um regime democrático, seja consideradas sem importância.
Por que a revista Época não faz uma reportagem profunda do que acontece no RGS?
Os senhores sabiam que por duas vezes os chefe da guerrilha do narcotráfico das FARCS esteve no RGS, tendo sido recebido em uma ocasião, à portas fechadas, pelo governador Olívio Dutra? Por que isto não é divulgado pela Época para todo o país? Se fôsse o diretor geral da CIA, imagino o estardalhaço que a imprensa brasileira faria.
Os senhores sabiam que na CPI da Segurança Pública, entre trechos da gravação de uma fita, foi dito que cerca de 30 militares da Polícia Militar do Estado fizeram viagem à Cuba? Para fazer o quê? Ninguém sabe.
Os senhores tem idéia do que acontece nos acampamentos dos Sem Terra aqui no RGS?
Os senhores sabiam que o atual secretário-substituto da Secretaria de Segurança e a chefe do gabinete (a Rosa de Luxemburgo para seus companheiros de partido) do secretário titular são pessoas que tem vinculações estreitas com o MST, tendo exercido posições de liderança junto ao MST, antes de assumir os atuai cargos?
Será que os senhores não percebem que estão colocando em risco a democracia deste país?
Os senhores por acaso sabem o que vem acontecendo com jornalistas que criticam o governo petista do RGS, só pelo fato de falarem a verdade?
Por acaso há, contra a Época, pressões e motivos escusos e inconfessáveis para calar o Prof. Olavo?
Os senhores desculpem a contundência das minhas palavras, mas tenho certeza que é o sentimento da grande maioria dos gaúchos que preza a democracia e a liberdade e que tem medo de perdê-las.
Em tempo: não sou jornalista nem militante de qualquer partido político.
Atenciosamente
Delmar Philippsen
philippsen@terra.com.br

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Prezado Marcos Dvoskin,
Gostaria de registrar meu protesto em relação ao “desaparecimento” da coluna do nosso ilustre Olavo de Carvalho, um dos homens mais lúcidos que já colaboraram para esta revista. Sei que minhas palavras pouco irão adiantar, pois há interesses em jogo e quando isso acontece os leitores, os jornalistas, a notícia, o poder de alcance da opinião, enfim, a essência do jornalismo é esquecida e escapa como grãos de areia na palma da mão. 
Para chatear um pouco mais, deixo um desafio: cadê a explicação?

Atenciosamente,
Daniela Santarosa
Porto Alegre – RS 
dsantarosa@hotmail.com 

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Prezados Senhores,
Gostaria de deixar registrado que a publicação semanal da coluna de Olavo de Carvalho nessa conceituada Revista é da maior importância, pois o colunista tem uma visão absolutamente diferenciada para o aprimoramento conceitual brasileiro.
Cordiais saudações.
Jorge Gerdau Johannpeter 
jorge.johannpeter@gerdau.com.br

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Senhores,
Demorou para aparecer , mas infelizmente apareceu aquele que não gosta da verdade nua e crua!. Que prefere usar da censura e da supressão da liberdade de expressão para tentar que o povo não seja alertado para o processo em curso de verdade única , de lavagem cerebral, de maniqueísmo. Nós, do Rio Grande do Sul, conhecemos muito bem o malefício dessas táticas daninhas; essas, sim, golpistas e antidemocráticas!
Manifestamos nosso total repúdio a essa atitude, tomada pela Revista Época ao excluir o prof. Olavo de Carvalho de sua excelente e esclarecedora coluna semanal. Nós estamos deixando de comprar a referida revista e estamos fazendo uma campanha para que mais e mais gaúchos assim o façam!

Lígia Halmenschlager
Vice-Presidente do Movimento Mulher Pró-RS
ligiamh@terra.com.br

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Prezados Senhores:
Acabo de ler que vou perder o privilégio de ler semanalmente a coluna do Olavo de Carvalho. Caso seja verdadeira esta notícia, é lamentável.

Atenciosamente
Claudio N. Schneider
scharlau@nh.conex.com.br 
Novo Hamburgo RS

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Prezados senhores,
Gostaria de saber o porquê da ausência do Sr. Olavo de Carvalho nas últimas edições da revista Época. Ele era a única pessoa que escreve alguma coisa diferente e que permite que tenhamos outros pontos de vista sobre o mesmo assunto. A Dra.Aparecida de Aquino é, obviamente uma autoridade em História, mas poucos têm a cultura geral que permite injunções históricas, políticas e filosóficas como o Sr.Olavo de Carvalho. Como leitor de Época, gostaria de ter minhas escolhas novamente. Ter possibilidades de análise sob diferentes pontos de vista, pois, quando um assunto está em moda, todos escrevem a mesma coisa, como se fossem variações sobre o mesmo tema, e somente uma pessoa arrisca-se a desafiar e mostrar com fatos e dados, que existe uma forma diferente de analisar a questão em moda, que é o Sr. Olavo.
Aguardo resposta, 
Roberto Oliveira
rblv@bol.com.br

Caro Roberto,

Segue resposta do diretor de Redação, Paulo Moreira 
Leite:

Caro Roberto,

Quem acompanha minha trajetória profissional sabe que sempre fui um jornalista preocupado com a democracia, o pluralismo e o confronto de idéias. Creio que ninguém tem o monopólio da verdade nem o direito exclusivo a expressar sua 
opinião. Por isso, resolvi abrir Época para outras idéias e visões de mundo. Acho que você só terá a ganhar se resolver conhecer outros olhares sobre velhos problemas.
Paulo Moreira Leite,
diretor de Redação

Prezado Sr.Paulo Moreira,
Bom Dia,
Excelente saber que temos na Direção de Redação da revista Época uma pessoa cuja história é marcada pela democracia, pluralismo e confronto de idéias.
Entretanto, não entendi quando o Sr. afirmou sobre o “monopólio da verdade”.
Em momento algum (como o Sr.pode ler na minha mensagem anterior) afirmei que o Sr.Olavo a detêm, assim como os Srs.Luiz Fernando Veríssimo, Roberto Pompeu de Toledo, e outros que regularmente escrevem na Veja, Isto 
É e Época.
Pela sua lógica, estes senhores deveriam então deixar de opinar eventualmente, para que outros pudessem expressar suas opiniões.
O problema, repito, é que o confronto de idéias que o Sr. defende, está justamente no discurso totalmente antagônico e diametralmente oposto do Sr.Olavo.
Como estimular o confronto de idéias, através de idéias semelhantes?
O confronto exige a diferença.O último texto da Dra.Aquino, pode ter uma semelhança com a fúria dialética do Sr.Olavo, mas a essência das idéias é a mesma dos demais colaboradores de sua revista. É quase a mesma coisa que colocar Fidel debatendo com Putin. O primeiro é mais furioso na verborragia que o segundo, e quem visse o debate entre os dois, poderia pensar que o primeiro é a oposição. 
Idem para as figuras de Krugman e Sachs.Outro detalhe é sobre o que o Sr. “acha” que eu só tenho a ganhar.Não me lembro de ter emitido, como consumidor de sua 
revista, uma procuração para o Sr. “achar” o que é melhor para mim.
Se as vendas estão baixas, não estou gostando. Se as vendas sobem, estou gostando.
A revista é mais uma fonte de informações gerais, mas minha opinião está baseada em vivências e leituras um pouco mais profundas.
Olha Sr.Paulo, eu não sou aluno do Sr.Olavo, não o conheço pessoalmente. Sou apenas um leitor, que faz parte do que os americanos chamam de “ordinary people”,filho da ditadura, que vive e pensa os paradoxos do Estado brasileiro. 
Se o Sr. acha que para a sua revista é melhor manter tudo igual, vai fundo, eu não tenho nada a ver com isso. O Sr. deve ganhar muito mais que eu, e deve ter muitos 
gráficos que apóiem sua decisão. Afinal, o Sr. é o Diretor de Redação e eu não tenho o direito de opinar sobre suas decisões.A única variável que disponho desta equação é a qualidade de sua revista, que é muito boa.Eu apenas quis saber o porquê, o Sr. respondeu e eu entendi.
Lamento informar que a partir de hoje, não vou mais comprar sua revista.
Obrigado pela sua pronta resposta,
Roberto Oliveira
rblv@bol.com.br

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