Por Huascar Terra do Valle
17 de março de 2002
Prezado Maurício:
Você perguntou minha opinião sobre a atitude dos Estados Unidos na guerra contra o terrorismo e o tremendo poder que esse país detém, como poder hegemônico atual. Eis minha opinião.
Se se refere ao tremendo poder dos Estados Unidos, acho que o mundo tem muita sorte em que este poder esteja nas mãos de um país democrata, amante da liberdade e dos direitos individuais.
Nunca houve uma guerra entre dois países democratas. Devido ao regime político, seria impossível aos Estados Unidos fazer uma guerra de conquista. Apesar de seus muitos defeitos (corrigíveis), a democracia é ainda a maior conquista do homem no sentido ético. Não é a religião.
Os Estados Unidos, no último século, depois de consolidados, não ocuparam nenhum território pela força. A Luisiânia e o Alaska, foram comprados. O Havaí passou a fazer parte dos Estados Unidos por meio de um plebiscito, aprovado por 97% da população. Os Estados Unidos compraram as Filipinas da Espanha e a libertaram. Invadiram Granada, Panamá e Haiti (protetorados) para restaurar a democracia. Dominaram a Europa e o Japão na Segunda Guerra Mundial e proporcionaram o progresso às nações dominadas, que hoje se encontram entre as mais prósperas do mundo.
Enquanto os Estados Unidos faziam o Plano Marshal para reerguer a Europa Ocidental, a União Soviética cobrava pesadas reparações de guerra à Alemanha Oriental, reduzindo-a à miséria. Algum maluco acusou os Estados Unidos de desejarem incorporar territórios, quando o General McClarck, chefe das operações na Itália na Segunda Grande Guerra, respondeu: “Não queremos da Itália senão um pedaço de terra: o suficiente para enterrarmos nossos mortos”.
Mesmo esquecendo a incomensurável contribuição dos Estados Unidos para a ciência, a tecnologia e a defesa dos ideais democráticos e liberais, temos que reconhecer que foram os Estados Unidos que decidiram a primeira e a segunda guerra mundial a favor dos países livres e contra a ditadura alemã. Ao contrário, foi a Rússia que iniciou a primeira guerra mundial e também a segunda, esta por meio de um plano sinistro com Hitler. A Alemanha invadiu a Polônia pelo oeste e os comunistas invadiram a leste. Ajudando a Inglaterra, mesmo antes de entrar no conflito, os Estados Unidos ajudaram a ganhar a Batalha da Inglaterra, que liquidou com grande parte da aviação nazista. Depois, ajudando a Rússia, evitaram que os nazistas tomassem a União Soviética.
Depois, os Estados Unidos empreenderam um esforço permanente para evitar o expansionismo soviético, a começar da Reunião de Breton Woods, onde foram fundados os bancos de fomento, WB e IMF, para evitar a miséria em muitos países, que é um caldo de cultura excelente para a invasão do totalitarismo vermelho. A recuperação do Japão, e da Coréia do Sul, promovida pelos Estados Unidos, também foi um esforço para evitar o expansionismo soviético no leste asiático.
Várias ditaduras surgiram no mundo como reação ao expansionismo soviético, a começar do fascismo, na Itália e no nazismo, na Alemanha (se não fosse o expansionismo soviético, não teríamos nem fascismo nem nazismo). Depois, tivemos reações ao comunismo, muitos deles com ajuda americana, na Espanha, em Portugal, no Brasil (1935, 1964 e 1968), no Uruguai e em outros países sul-americanos. Os Estados Unidos se empenharam também no Coréia do Sul e no Vietnam, quando tiveram que enfrentar a China e União Soviética, em guerra por procuração. Finalmente, abandonaram o Vietnã sob pressão da população americana. Eles não perderam a guerra, apenas se retiraram. Não se pode dizer que perdeu a guerra um país que, para cada baixa, causou mais de vinte baixas no adversário.
Não fora os Estados Unidos, hoje o mundo inteiro estaria debaixo do tacão das botas dos comunistas. Não existe preço para isto, pois o comunismo é a pior desgraça que pode ocorrer a um país.
Imagine se o poder hegemônico que hoje tem os Estados Unidos estivesse nas mãos dos comunistas! Eles invadiriam o mundo, com tanques de guerra e exércitos, a fim de explorar todas as nações, como fizeram com no Leste Europeu. Depois, implantariam o regime de esquerda, que levou à ruína todas as nações em que foi tentado, além do genocídio, dos campos de trabalho forçado, da rede infernal de mentiras sobre todos os assuntos.
Precisamos julgar as nações, e as pessoas, pelo que fazem, e não pelo que dizem. Se cometermos a estultice de julgar os esquerdistas pelo que dizem, concluiremos que eles, no governo, proporcionarão justiça social, igualdade, respeito aos direitos humanos, fraternidade — o verdadeiro paraíso na terra. No entanto, toda esta demagogia não passa de um truque para conquistar o poder. Assim que usurpam o poder estabelecem o mais cruel totalitarismo, aniquilando e torturando todos seus inimigos. A União Soviética, obcecada com a idéia de igualar a produção industrial americana, estabeleceu milhares de campos de trabalhos forçados, principalmente na Sibéria em temperaturas que podiam chegar até a 60 graus negativos.
Só o gulag de Vorkuta tinha mais de 400 mil escravos. As cidades eram obrigadas a manter cotas de escravos a serem enviados para os campos de trabalhos forçados para substituir os que morriam devido aos maus tratos ou de fome. Os escravos (os trabalhadores, em nome de quem foi instituído o comunismo) eram obrigados a cumprir cotas de produção, sob pena de não receberam a mísera refeição (algumas fatias de pão preto e sopa rala) e morrerem de fome. Para as cidades fornecedoras de escravos era fácil cumprir as cotas. Bastava acusar as pessoas de “inimigas do povo” ou “lacaios do imperialismo americano” ou outras bobagens.
Havia também mulheres nos gulags, e o serviço era tão pesado que seus úteros saíam para fora e elas eram obrigadas a trabalhar com os úteros dependurados. (Tenho reprodução do desenho de um guarda de um desses gulags, já que não se permitiam fotografias ali.) Este é o comunismo real, o ideal de Lula e seus bandidos do PT, na maioria treinados em terrorismo na ilha-presídio de Cuba, como o José Dirceu. Esta é a JUSTIÇA SOCIAL da esquerda.
Será que eu sou maniqueísta ou será que a verdade é que é dura demais para ser aceita? Se quiser, posso lhe mostrar documentos e filmes sobre os gulags, sobre a construção da Estrada de Ferro Stalin, em que morreram milhares de escravos, sobre o monstro Mao Tsé-tung, sobre o açougueiro Pol Pot e outros. Todos eles estavam à procura do comunista perfeito. Pol Pot fazia coleção de crânios, matou um terço da população de seu país e não achou o comunista perfeito (o jornal da Globo mostrou o museu de crânios de Pol Pot). Se quiser assistir a uns vídeos horripilantes sobre os vermelhos, venha até minha casa que terei o prazer de mostrá-lo.
As pessoas, principalmente os empresários (que mais teriam a perder com a esquerdização do País) preferem enfiar a cabeça na areia e não enxergar o que está acontecendo. Como denunciou o Professor Olavo de Carvalho, está em ação um plano sub-reptício de conquista do Brasil para as idéias de esquerda. Não se trata de conquista de território, porém de conquista da opinião pública. O objetivo é que o País se torne comunista aos poucos, de maneira que ninguém perceba.
Pensa que estou vendo fantasmas? Este plano já está em adiantadíssima fase. Os sindicatos, os professores, os intelectuais, os jornalistas, muitos empresários, já rezam pela cartilha de esquerda. A escola pública foi colocada a serviço da pregação marxista e os professores são “capacitados” (doutrinados) para fazer a lavagem cerebral dos alunos. Se quiser, posso lhe mostrar alguns livros adotados nas escolas primárias e secundárias do Brasil, atualmente. Cheios de mentiras, consideram os empresários privados como bandidos, e os burocratas do governo como anjinhos cheiros de patriotismo. Quando citam alguns heróis de nossa história é para ridicularizá-los. E exaltam os guerrilheiros assassinos (especialmente do MST). Dizem que a intentona comunista dos anos 35, que assaltou mercados no Nordeste, que assassinou vários militares é uma mentira que nunca existiu. Esta mentira é até ensinada no Telecurso 2000, transmitido pela televisão, patrocinada por órgãos de classe dos empresários, como FIEMG, etc.
Como os comunas sempre procuram manter a população na ignorância (para não ameaçarem seu poder), inventaram uma tal de Escola Plural, inspirada em princípios do cubano Miguel Arroyo, que veio a Belo Horizonte a convite do PT para implantar esta nova visão da deseducação. A Escola Plural visa resolver o problema da repetência da maneira mais imbecil: passando todo mundo, até débeis mentais. Além disso, na Escola Plural, o professor não pode repreender os alunos (o princípio da quebra da autoridade em ação) que se tornam cada vez mais atrevidos. Alguns alunos até ameaçam de morte os professores. Isto aconteceu com dois sobrinhos meus, que até mudaram de profissão.
Enquanto isso, o Governo Itamar faz propaganda na televisão sobre a “qualidade” do ensino em Minas e na “capacitação” (realmente doutrinação) de milhares de professores.
Completando o cerco, os bandidos que tentaram subverter o País em 1964 estão sendo recompensados com “indenizações” pagas com o dinheiro da população e ex-terroristas, como Aloísio Nunes, ex-chofer do perigosíssimo Marighela, é ministro… da JUSTIÇA!
A verdade é que o comunismo, que está sendo implantado no Brasil, é a volta da barbárie. É uma religião fanática e, como todas as religiões fanáticas, desperta o que há de pior nas pessoas (bin Laden que o diga).
Perguntaram a Leonardo Boff sua opinião sobre o atentado de bin Laden. Cheio de ódio e de estupidez, como sói acontecer com fanáticos, principalmente de esquerda, ele respondeu: –“Lamento que, em vez de três aviões, não fossem 25, pois assim matariam mais americanos, aliviando o sofrimento dos pobres das favelas do Brasil”.
Não dá para entender o raciocínio do ex-frade franciscano. Como concluiu ele que matar americanos alivia o sofrimento dos pobres do Brasil? Por que ele não se preocupa com a miséria de Cuba e da Coréia do Norte, onde o governo está até ensinando o povo a comer grama, onde foram aplicados os princípios que ele defende? Seria exagero dizer que o ex-frade está completamente esquizofrênico?
O mundo jamais pagará aos Estados Unidos a dívida que lhe deve. É um país admirável sobre todos os aspectos, não porque sejam americanos, pois não existe a raça americana. Todos são absorvidos pelo grande sonho americano de um país livre, de oportunidades ilimitadas, resultado de milhares de anos de evolução das idéias democráticas. Se tirarmos a contribuição dos Estados Unidos (e de outros países capitalistas) para a civilização, o mundo voltaria à Idade Média, ou antes.
O prodígio americano é realmente a vitória, não de um país, mas da humanidade, pois este país demonstrou a potencialidade do ser humano quando sujeito a um clima de liberdade.
Os Estados Unidos são a concretização dos sonhos de liberdade que nasceram na Inglaterra e na França, nos séculos XVII e XVIII, nas mentes privilegiadas dos iluministas, como Adam Smith, Locke, Newton, Hume, Voltaire, Montesquieu, Diderot, Thomas Jefferson, Thomas Paine, Tocqueville e tantos outros, de uma safra de gênios que não mais se repetiu.
No século XX tivemos, em contraste, uma safra de açougueiros, com Lênin, Stalin, Mussolini, Hitler, Mao Tsé-Tung, Pol Pot, Fidel Castro, Hosxa, Ulbricht, Honnecker, Saddam Hussein, bin Laden, et caterva. No entanto, esses açougueiros, hoje em dia, no Brasil, têm muito mais adeptos que os gênios do Iluminismo. Ao contrário, a palavra “Liberal”, que define a linha política dos iluministas e , no Brasil, grandes nomes como Tiradentes, Ruy Barbosa, Roberto Campos, Henry Maksoud e J. O. de Meira Penna, virou palavrão, por causa do trabalho de sapa da esquerda.
O comunismo representa a renúncia a toda a evolução social ocorrida no ocidente, com a colaboração de tantos gênios, e a adoção da barbárie dos novos gêngis-cãs do oriente. A riquíssima tradição européia já foi jogada fora nos livros das escolas públicas no Brasil que, em vez da Revolução Francesa (que acabou com o absolutismo), estudam a Revolução Russa (que trouxe o absolutismo de volta), em vez de Montesquieu (paladino da democracia-divisão de poderes), estudam Prestes e Olga Benário (paladinos do totalitarismo), em vez de Caxias, estudam Che Guevara, em vez de Emanuel Kant, estudam Marx e Lênin, em vez de Pietro Ubaldi, estudam Leonardo Boff e Frei Betto, mentor do Lula, o tetra-candidato.
Rejeitar os Estados Unidos significa alinhar-se com aqueles bandidos, que chacinaram, no século passado, quase duzentos milhões de pessoas, além de provocarem as guerras mais bárbaras de toda a História. Quando a mim, fico com os iluministas e muito me orgulho de ser liberal, como eles, e envergonhar-me-ia de ser de esquerda, como Stalin, Mao Tsé-tung, Pol Pot, Maighela e Lula.
Eis o resultado prático do liberalismo: com apenas 6% da população mundial, os Estados Unidos são responsáveis por mais de 40% da produção econômica. Isto se explica por apenas duas palavras: liberdade econômica. Quanto à Rússia, com toda sua rede de intrigas e com o fracassado comunismo, tem um PIB cerca de metade do Brasil, um país (o nosso) que não tem governo… tem quadrilha.
Os Estados Unidos produzem cerca de 40 vezes mais que o Brasil e 80 vezes mais que a Rússia, que é o maior país do mundo, com as maiores reservas minerais, que prometia ultrapassar a produção americana em 1970 (que piada!!!).
Apesar de seus defeitos, o capitalismo (ou economia de livre mercado) é o regime que proporcionou mais dignidade e maior distribuição de renda à população. Tem muitos defeitos, mas, utopias à parte, é o menos ruim que existe, como observou Churchill. O Estado hipertrofiado, como preconizado pelas esquerdas, tem muito mais defeitos que o mercado. Como disse o grande estadista americano Thomas Jefferson: “O Estado não é a solução. O Estado é o problema!)
As ideologias de esquerda só têm promessas. Aponte um único exemplo em que tenha beneficiado um povo. Na prática, é a volta da barbárie.
Acabo de ouvir pela televisão que 25 famílias da Coréia do Norte pediram asilo em um embaixada, se não me engano, da Espanha. Este é um fenômeno comum. Apesar de toda a opressão de um Estado policial, as vítimas de paraísos socialistas estão sempre tentando fugir para os paises capitalistas. Um terço de Cuba já fugiu para os Estados Unidos e outros cubanos continuam tentando, apesar da vigilância do exército cubano, que afunda as jangadas, construídas com portas, mesas e janelas, atirando nelas sacos de areia e jogando os tripulantes aos tubarões do Caribe.
Em Berlim tiveram que fazer um muro, guarnecido por metralhadoras, para evitar a fuga do “paraíso comunista” para o “inferno” capitalista, além de centenas de quilômetros de fronteiras protegidas com arame farpado. Na Albânia, outro “paraíso” comunista, também ocorreu a fuga em massa. Primeiro, para a Itália. Depois para Côsovo. Depois para Macedônia e outros países do leste europeu. Dizem que, na Alemanha, eles cometem crimes, pois preferem ficar em uma cadeia capitalista que em um “paraíso” comunista. Será que esta fuga em massa de países comunistas não quer dizer nada? Por que não fogem de países capitalistas para países comunistas? Será que teremos que experimentar o Lula e seu séqüito de fósseis ideológicos, para reduzir o Brasil a uma miséria típica dos países socialistas, para ficarmos livres desta ameaça vermelha que não pára de nos atormentar?
Quanto à resposta dos Estados Unidos ao covarde e estúpido ataque terrorista de 11 de setembro, acho que está agindo de maneira admirável, muito ponderada e eficiente. Espero que acabem logo de exterminar aqueles bandidos paranóicos da Al Qaeda. Depois, é preciso caçar outros marginais, como Saddam Hussein, o ditador da Coréia do Norte e Fidel Castro (o chefe do Lula, do José Dirceu e do Garotinho), que continua a promover guerrilhas vermelhas por todo o lado.
Como disse o barbudo das Antilhas: “Recuperaremos na América Latina o que perdemos no Leste Europeu”. Vamos deixar que isso aconteça?
Fraternalmente,
Huascar.