Quando recebi da universidade de El-Azhar e do governo da Arábia Saudita o prêmio pelo meu estudo sobre a interpretação simbólica de certas passagens do Corão, as autoridades islâmicas me informaram que, embora o livro fosse o melhor dentre os apresentados para o concurso, NÃO PODERIAM PUBLICÁ-LO PORQUE NÃO ERA UM LIVRO ISLÂMICO, NÃO FALAVA EM NOME DA CRENÇA ISLÂMICA. Como compensação, ofereceram dobrar o prêmio em dinheiro, o que eu, então numa pindaíba dos diabos, aceitei prontamente. Agora me digam: que caralho de muçulmano é esse que, escrevendo para um público de teólogos islâmicos, tem a cara de pau de lhes entregar um livro não islâmico?

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