Rafael Falcón
Ask.fm, 2 de julho de 2013
Não foi, ainda é. E não acho que vai parar de ser. Aprendi de muita gente, mas a importância do que aprendi com Olavo é incomparável. Embora ele fale de muitos assuntos, e eu tenha aprendido fatos ou teorias específicas por meio de suas aulas, não é isso o que faz mais diferença. A cada coisa que ensina, ele expressa um aspecto diferente, uma sutileza mais aguda de um conhecimento maior. Não é o conhecimento específico de uma área, mas um modo de abordar e organizar o conhecimento, e também de reagir-lhe. É uma coerência interna da alma. O contato com Olavo produz aos poucos uma imagem impressionante de sua harmonia interior. Contemplando essa harmonia, eu mesmo percebi muita desordem na minha própria alma, e usando Olavo como guia pude restaurar peças fundamentais da minha consciência. O processo continua. Olavo não pára de impressionar.
É claro que, visto de fora, isso parece deslumbramento sectário. Hoje em dia parece que admirar uma pessoa é pecado. Mas estou absolutamente convencido de que as pessoas que têm pudor de admirar quem lhes é superior, ou que têm medo de ser “manipuladas”, incapacitam-se automaticamente à educação no sentido mais elevado. Educação integral subentende uma pessoa integral. Se você só consegue admirar um conhecimento determinado que o mestre tem, você não pode aprender o que ele tem de mais valioso: ele mesmo. No mais, estou seguro de que não sou “manipulado”, pelo simples fato de que, a respeito de quase tudo que Olavo fala de mais técnico (como política, por exemplo), eu não sei se concordo. Eu não concordo nem discordo: eu não sei. E quem me ensinou a diferenciar o que eu sei do que não sei, e a conviver com a consciência de minha ignorância quase total, foi ele mesmo, com sua atitude, simultaneamente honesta e intensa, para com o conhecimento.